domingo, 4 de janeiro de 2009

PAZ DO MUNDO E PAZ DO CRISTO


“A paz vos deixo, a minha paz vos
dou; não vo-la dou como o mundo a dá.”
- Jesus. (João, 14:27.)


É indispensável não confundir a paz do mundo
com a paz do Cristo.
A calma do plano inferior pode não passar de
estacionamento.
A serenidade das esferas mais altas significa trabalho divino, a caminho da Luz Imortal.
O mundo consegue proporcionar muitos acordos
e arranjos nesse terreno, mas somente o Senhor pode
outorgar ao espírito a paz verdadeira.
Nos círculos da carne, a paz das nações costuma
representar o silêncio provisório das baionetas; a dos
abastados inconscientes é a preguiça improdutiva e incapaz; a dos que se revoltam, no quadro de lutas necessárias, é a manifestação do desespero doentio; a dos ociosos sistemáticos, é a fuga ao trabalho; a dos arbitrários, é a satisfação dos próprios caprichos; a dos vaidosos, é o aplauso da ignorância; a dos vingativos, é a destruição dos adversários; a dos maus, é vitória da crueldade; a dos negociantes sagazes, é a exploração inferior; a dos que se agarram às sensações de baixo teor, é a viciação dos sentidos; a dos comilões, é o repasto opulento do estômago, embora haja fome espiritual no coração.
Há muitos ímpios, caluniadores, criminosos e indiferentes que desfrutam a paz do mundo. Sentem-se triunfantes, venturosos e dominadores no século. A ignorância indinheirada, a vaidade bem vestida e a preguiça inteligente sempre dirão que seguem muito bem.
Não te esqueças, contudo, de que a paz do mundo pode ser, muitas vezes, o sono enfermiço da alma. Busca, desse modo, aquela paz do Senhor, paz que excede o entendimento, por nascida e cultivada, portas a dentro do espírito, no campo da consciência e no santuário do coração.

Emmanuel.

(Do Livro: VINHA DE LUZ, psicografia de Francisco Cândido Xavier).

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