quinta-feira, 30 de abril de 2009

NA ESFERA ÍNTIMA


“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons dispensadores da multiforme graça de Deus.” – Pedro. (I PEDRO, 4: 10.)


A vida é maquina divina da qual todos os seres são peças importantes, e a cooperação é o fator essencial na produção da harmonia e do bem para todos.
Nada existe sem significação.
Ninguém é inútil.
Cada criatura recebeu determinado talento da Providência Divina para servir no mundo e para receber do mundo o salário da elevação.
Velho ou moço, com saúde do corpo ou sem ela, recorda que é necessário movimentar o dom que recebeste do Senhor, para avançares na direção da Grande Luz.
Ninguém é tão pobre que nada possa dar de si mesmo.
O próprio paralítico, atado ao catre da enfermidade, pode fornecer aos outros a paciência e a calma, em forma de paz e resignação.
Não olvides, pois, o trabalho que o Céu te conferiu e foge à preocupação de interferir na tarefa do próximo, a pretexto de ajudar.
Quem cumpre o dever que lhe é próprio, age naturalmente a beneficio do equilíbrio geral.
Muitas vezes, acreditando fazer mais corretamente que os outros o serviço que lhes compete, não somos senão agentes de desarmonia e perturbação.
Onde estivermos, atendamos com diligência e nobreza à missão que a vida nos oferece.
Lembra-te de que as horas são as mesmas para todos e de que o tempo é o nosso silencioso e inflexível julgador.
Ontem, hoje e amanhã são três fases do caminho único.
Todo dia é ocasião de semear e colher.
Observemos, assim, a tarefa que nos cabe e recordemos a palavra do Evangelho: - “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons dispensadores da multiforme graça de Deus”, para que a graça de Deus nos enriqueça de novas graças.

Emmanuel

(Do Livro FONTE VIDA, psicografia de Francisco Cândido Xavier.)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

FERMENTO VELHO



“Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa.” – Paulo. (I CORÍNTIOS, 5: 7.)

Existem velhas fermentações de natureza mental, que representam tóxicos perigosos ao equilíbrio da alma.
Muito comum observarmos companheiros ansiosos por intima identificação com o pretérito, na teia de passadas reencarnações.
Acontece, porém, que a maioria dos encarnados na Terra não possuem uma vida pregressa respeitável e digna, em que possam recolher sementes de exemplificação cristã.
Quase todos nos embebedávamos com o licor mentiroso da vaidade, em administrando os patrimônios do mundo, quando não nos embriagávamos com o vinho destruidor do crime, se chamados a obedecer nas obras do Senhor.
Quem possua forças e luzes para conhecer experiências fracassadas, compreendendo a própria inferioridade, talvez aproveite algo de útil, relendo páginas vivas que se foram. Os aprendizes desse jaez, contudo, são ainda raros, nos trabalhos de recapitulação na carne, junto da qual a Compaixão Divina concede ao servo falido a bênção do esquecimento para a valorização das novas iniciativas.
Não guardes, portanto, o fermento velho no coração.
Cada dia nos conclama à vida mais nobre e mais alta.
Reformemo-nos, à claridade do Infinito Bem, a fim de que sejamos nova massa espiritual nas mãos de Nosso Senhor Jesus.

Emmanuel

(Livro Vinha de Luz, mediunidade de Francisco Cândido Xavier)

sábado, 25 de abril de 2009

FAZER LUZ


“Acolhei o que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões”. – Paulo
(Romanos, 14: 1)

Indubitavelmente, nem sempre a fé acompanha a expansão da cultura, tanto quanto nem sempre a cultura consegue altear-se ao nível da fé.
Um cérebro vigoroso pode elevar-se a prodígios de cálculo ou destacar-se nos mais entranhados campos da emoção, portas a dentro dos valores artísticos, sem entender bagatela de resistência moral diante da tentação ou do sofrimento. De análogo modo, um coração fervoroso é suscetível das mais nobres demonstrações de heroísmo perante a dor ou da mais alta reação contra o mal, patenteando manifesta incapacidade para aceitar os imperativos de perquirição ou dos requisitos do progresso.
A Ciência investiga.
A Religião crê.
Se não é justo que a Ciência imponha diretrizes à Religião, incompatíveis com as suas necessidades do sentimento, não é razoável que a Religião obrigue a Ciência à adoção de normas inconciliáveis com as suas exigências do raciocínio.
Equilíbrio ser-nos-á o clima de entendimento em todos os assuntos que se relacionem à Fé e à Cultura, ou estaremos sempre ameaçados pelo deserto da descrença ou pelo charco do fanatismo.
Auxiliemo-nos mutuamente.
Na sementeira da fé, aprendamos a ouvir com serenidade para falar com acerto.
Diz o Apóstolo Paulo: “Acolhei o que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões”. É que para chegar à cultura, filha do trabalho e da verdade, o homem é naturalmente compelido a indagar, examinar, experimentar, e teorizar, mas, para atingir a fé viva, filha da compreensão e do amor, é forçoso servir. E servir é fazer luz.

Emmanuel
(Do Livro Segue-me!... ditado ao médium Francisco Cândido Xavier)

quinta-feira, 23 de abril de 2009

EM HONRA DA LIBERDADE


Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo as tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo, e não segundo o Cristo.” – Paulo.

(COLOSSENSES, 2: 8)


Se alcançaste um raio de luz do Evangelho, avança na direção do Cristo, o Divino Libertador.
Não julgues seja fácil semelhante viagem do espírito.
Encontrarás, em caminho, variados apelos à indisciplina e à estagnação.
Serás surpreendido a cada passo pelos sofistas da Religião, pelos falsários da Filosofia, pelos paranóicos da Ciência e pelos dilapidadores da História, empavesados nas engenhosas criações mentais em que encarceram a própria vida, buscando atrelar-te o pensamento ao carro da argumentação filauciosa a que se acolchetam, famintos de louvor e da vassalagem.

Mutilando a revelação divina, desfigurando preceitos da verdade, abusando da inteligência ou fantasiando episódios furtados ao registro fiel do tempo, armam ciladas au levantam castelos teóricos, em que a sugestão menos digna te inclina a existência à rebelião e ao pessimismo, à viciação e à inutilidade.
Atendendo, quase sempre, a interesses exclusos, lisonjeiam-te a insipiência, incensando-te o nome, quando não se desmandam na vaidade, aliciando-te a decisão para que lhes engrosses o séqüito da loucura.
Acompanhando-os, porém, não te farás senão presa deles, fâmulo, desditoso das idéias desequilibradas que emitem, no temerário propósito de se anteporem ao próprio Deus.
Querem escravos para os sistemas falaciosos que mentalizam, quando Jesus deseja te faças livre para a conquista da própria felicidade.
Acautela-te no trato com todos os que tudo te pedem, no campo da independência espiritual, limitando-te a capacidade de sentir e pensar, empreender e construir, porquanto, em nos fazendo tributários da falsa glória em que se encasulam, relegam-nos a existência a planos de subnível, quando o Cristo de Deus, tudo nos dando em amor e sabedoria, nos ampliou a emoção e o conhecimento, a iniciativa e o trabalho, convertendo-nos em filhos emancipados da Criação, para que tenhamos não apenas a vida, mas Vida Santificada e Abundante.

Emmanuel
(Do Livro Palavras de Vida Eterna, psicografia de Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 21 de abril de 2009

Liberdade e Evangelho


Em nome da hegemonia política, Esparta esmagou Atenas, em guerras sangrentas, depois de vencer Tebas, Mantinéia, Megalópolis, senhoreando-se das demais ilhas gregas, plantando seus marcos de triunfo nas terras conquistadas. Enquanto toda a Hélade chora a dor dos filhos, Esparta canta um hino de triunfo e liberdade nas ruas engalanadas.
Em regozijo à sua eleição como povo escolhido, Israel trucida os filisteus e todos os povos nômades de sua fronteira, em lutas lamentáveis e demoradas e, clamando por liberdade, insurge-se posteriormente contra o romano dominador que lhe arrebata o cetro.
E em todos os tempos, enquanto os dominadores exaltam a liberdade, os dominados clamam por ela.
Testemunhando o seu amor a Jesus, Pedro, o Eremita, inicia a pregação das Cruzadas, na Europa, para libertar o túmulo vazio do Mestre, na Ásia, desencadeando a série de guerras desnecessárias que enlutaram tantas nações.
Foi igualmente em nome da liberdade que a França desencadeou a terrível hecatombe que ensangüentou a Europa no ultimo quartel do século XVIII.
E até hoje o panorama continua o mesmo. A prepotência estabeleceu as diretrizes da dominação e, em nome dos direitos humanos, a força sobrepõe-se à fraqueza, na posição de protetora e – como não dizer? – também de algoz.
No Evangelho de Jesus, anunciado há vinte séculos, liberdade atinge seu mais nobre lugar. Através da revolução pacifica da moral e dos costumes, o Cristo é o protótipo do homem livre.
Diante de Pilatos, escarnecido e humilhado, permanece digno e nobre. Atado ao poste do suplício, alça-se a Deus e comunga com Ele.
Pregado à cruz entre apupos e zombarias, mantém o padrão elevado da liberdade, perdoando aos próprios algozes.
Assassinado, volta do túmulo em esplendorosa manhã, caminhando livremente ao lado dos companheiros atônitos e receosos.
O Evangelho é a grande lição de liberdade que o mundo conhece.
Durante dezesseis séculos fez-se dele peia e acoite, sem se conseguir destruí-lo, entretanto.
A Historia fala-nos de santos e mártires que experimentaram punições cruéis e atrozes suplícios, vivendo na liberdade gloriosa da fé cristã, embora presos e martirizados até a morte. É que o Mestre expressara, na sua eloqüência sábia, que liberdade é condição de alma isenta de paixões. Por isso, alentou os discípulos, indagando: “ Que medo podem fazer aqueles que matam apenas o corpo e nada podem fazer à alma?”
Liberdade não é, portanto, estado de movimentação para o corpo, mas condição de alma no corpo.
Acreditava-se, antes, que o Evangelho era uma cadeia a jungir o crente ao carro do dever, proibindo tudo, tudo condenando. Graças, porém, à Revelação
Espírita, o Evangelho passa a ser encarado na sua legítima situação de dínamo poderoso, capaz de transformar homens tíbios em gigantes, dando energia para a vitória sobre todos os males. Porque o Evangelho é mensagem de luz e esclarecimento, e o homem, beneficiado pelo conhecimento evangélico, opera o auto-descobrimento que o felicita e liberta.
Evangelho – caminho da liberdade rumo à perfeição.
Liberdade – mensagem do Evangelho trazida por Jesus ao presídio humano.
Vianna de Carvalho (espírito)

(Do livro À Luz do Espiritisjmo, recebido pelo médium Divaldo Franco)

domingo, 19 de abril de 2009

COMPORTAMENTO E CONSCIÊNCIA


É verdade que cada espírito reencarna n o lar de que tem necessidade para evoluir, o que não credencia os genitores ao uso e abuso das arbitrariedades que pratiquem, de que terão, por sua vez, de dar conta à própria e à Consciência Cósmica.
O espírito reencarna para progredir, desdobrando e aprimorando as aptidões que lhe dormem na consciência profunda. A educação na infância desempenha um papel de fundamental importância para o seu comportamento durante a existência. Os estímulos ao amor ajudam-no a lapidar as arestas que lhe remanescem do passado, mediante as ações de enobrecimento, de solidariedade, de abnegação, de caridade.

* * *
Com raras exceções, os grandes vultos da Humanidade possuíram uma superior consciência de comportamento e apoiavam-na nas reminiscências do lar, no carinho dos pais, dos avós, dos mestres, que lhes constituíram exemplo digno de ser imitados. As suas reminiscências foram ricas de beleza, de bondade, de amor com que se equiparam para os grandes lances da existência, e aqueles que foram vítimas de holocaustos, possuíam pacificada a consciência por sacrificaram-se em favor da posteridade.
Respondendo a Allan Kardec, à indagação de número 918, de O Livro dos Espíritos, asseveraram os Condutores da Terra:
- O espírito prova a sua elevação quando todos os atos de sua vida corporal representam a prática da lei de Deus e quando, antecipadamente, compreende a vida espiritual.
O comportamento é, pois, resultado do nível individual de consciência de cada ser.

terça-feira, 14 de abril de 2009

A Alma Segundo o Espiritismo


Em virtude de sua natureza espiritual, e na condição de estar vivificando um organismo biológico, a alma realiza em cada criatura o encontro entre o humano e o divino.
Como espírito encarnado, o ser humano tem sua dignidade e deve ser respeitado, não obstante a situação em que possa encontrar-se e as faltas que tenha praticado. É um ser em fase de evolução, a caminho do seu aprimoramento, ainda que esteja passando por situações menos dignas.
Na prática, cada pessoa pode conduzir livremente sua vida, procurando praticar o bem e desfrutar condições progressivamente melhores ou optar por uma conduta menos digna para si mesma em relação aos demais seres humanos.
O importante é que, diante desses acontecimentos, a alma participa, consciente ou inconsciente, de todos os atos da vida e as ações boas ou más que tenha praticado são registradas no arquivo perispiritual e se enquadram na Lei de Reciprocidade ou de Causa e Efeito e suas conseqüências, respectivamente boas ou más, retornam para o mesmo ser, nesta vida ou em vidas futuras, porque as existências são solidárias umas com a outras. As boas ações voltam sob a forma de alegria, saúde e bem-estar e as más, como diferentes modalidades de sofrimento.
Nos tempos atuais, há um número crescente de pessoas que procuram dedicar-se à vivência interior por meio de diferentes recursos, como os religiosos, esotéricos, meditação, grupos de estudo, retiro espiritual e práticas orientais, que a par da realização dos seus anseios, podem levar ao reconhecimento da alma.
Nesse mesmo sentido, o Espiritismo incentiva a prática do bem sem limitações, o estudo, a prece e a educação espiritual, que levam à reforma íntima.
Entre os que se dedicam aos estudos orientais é comum a prática da meditação através de uma auto-análise, que consiste em dar um mergulho no seu eu interior, num trabalho lento e gradativo que leva ao reconhecimento de sua própria individualidade. Podem, assim, ser descortinadas suas diferentes qualidades, suas aspirações mais íntimas e encontradas as raízes que levam ao reconhecimento do seu ser.
Dispondo de novas visões interiores, o homem comum começa a reconhecer as peculiaridades de sua alma que, embora possa manter-se aparentemente oculta, manifesta sua própria essência e sua participação em todos os atos da vida humana.
O ser humano vai descobrindo novos horizontes no seu eu interior, reconhecendo que o saber intelectual expressa a sabedoria da alma e que, conduzindo para espiritualidade, leva à sua iluminação.
Reconhece que a intuição é um atributo da alma e embora tenha sido relegada em favor do saber intelectual, está presente em todas as realizações humanas como nas descobertas científicas e demais atividades relacionadas ao conhecimento.
O estudo da alma deixou de ser do âmbito puramente religioso ou teosófico para constituir uma realidade não menos científica.
E embora ainda não possa ser demonstrada pelos recursos materiais, é evidenciada pelos seus atributos, que podem ser cientificamente observados. (...)


Trecho retirado do estudo "Realidade da Alma" realizado pelo Dr. Roberto Bróglio e publicado no Boletim Médico Espírita n° 10, do ano de 1995.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

A Indulgência


Caros amigos, sede severos convosco, indulgentes para as fraquezas dos outros. É esta uma prática da santa caridade, que bem poucas pessoas observam. Todos vós tendes maus pendores a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar; todos tendes um fardo mais ou menos pesado a alijar, para poderdes galgar o cume da montanha do progresso. Por que, então, haveis de mostrar-vos tão clarividentes com relação ao próximo e tão cego com relação a vós mesmos? Quando deixareis de perceber, nos olhos de vossos irmãos, o pequenino argueiro que os incomoda, sem atentardes na trave que, nos vossos olhos, vos cega, fazendo-vos ir de queda em queda? Crede nos vossos irmãos, os Espíritos. Todo homem, bastante orgulhoso para se julgar superior, em virtude e mérito, aos seus irmãos encarnados, é insensato e culpado: Deus o castigará no dia da sua justiça. O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, que consistem em ver cada um apenas superficialmente os defeitos de outrem e esforçar-se por fazer que prevaleça o que há nele de bom e virtuoso, porquanto, embora o coração humano seja um abismo de corrupção, sempre há, nalgumas de suas dobras mais ocultas, o gérmen de bons sentimentos, centelha vivaz da essência espiritual.
Espiritismo! Doutrina consoladora e bendita! Felizes dos que te conhecem e tiram proveito dos salutares ensinamentos dos Espíritos do Senhor! Para esses, iluminado está o caminho, ao longo do qual podem ler estas palavras que lhes indicam o meio de chegarem ao termo da jornada: caridade pratica, caridade do coração, caridade para com o próximo, como para si mesmo; numa palavra: caridade para com todos e amor a Deus acima de todas as coisas, porque o amor a Deus resume todos os deveres e porque impossível é amar realmente a Deus, sem praticar a caridade, da qual fez ele uma lei para todas as criaturas. – Dufêtre, bispo de Nevers. (Bordéus.)

Do Livro: O Evangelho Segundo O Espiritismo – Allan Kardec

sábado, 4 de abril de 2009

CRISES


“Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta
hora.” – Jesus . (João, 12: 27.)

A lição de Jesus, neste passo do Evangelho, é das mais expressivas.
Ia o Mestre provar o abandono dos entes amados, a ingratidão de beneficiários da véspera, a ironia da multidão, o apodo na via publica, o suplício e a cruz, mas sabia que ali se encontrava para isso, consoante os desígnios do Eterno.
Pede a proteção do Pai e submete-se na condição de filho fiel.
Examina a gravidade da hora em curso, todavia reconhece a necessidade do testemunho.
E todas as vidas na Terra experimentarão os mesmos trâmites na escala infinita das experiências necessárias.
Todos os seres e coisas se preparam, considerando as crises que virão. É a crise que decide o futuro.
A terra aguarda a charrua.
O minério será remetido ao cadinho.
A árvore sofrerá a poda.
O verme será submetido à luz solar.
A ave defrontará com a tormenta.
A ovelha esperará a tosquia.
O homem será conduzido à luta.
O cristão conhecerá testemunhos sucessivos.
É por isto que vemos, no serviço divino do Mestre, a crise da cruz que se fez acompanhar pela bênção eterna da Ressurreição.
Quando pois te encontrares em luta imensa, recorda que o Senhor te conduziu a semelhante posição de sacrifício, considerando a probabilidade de tua exaltação, e não te esqueças de que toda crise é fonte sublime de espírito renovador para os que sabem ter esperança.

Emmanuel

(D o Livro, Vinha de Luz – psicografia de Francisco Candido Xavier)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

No Limiar do Etéreo


Bendito seja o momento porque passa o mundo! Desafios por toda parte e inquietações sacudindo o homem aos pensamentos indomáveis, fugidios, como querendo uma resposta urgente para a crise planetária generalizada! O Homem sabe que o seu périplo como ser biológico é curto, mas por que tem que sofrer tanto e o que é que falta para que a harmonia, a calma, o bem-estar e a felicidade demorem tanto, e porque vive tão perturbado, triste e bisonho no meio de tanta tecnologia, tanta ciência, tanto intelectualismo, mas num vácuo abismal que lhe faz silenciar e prostrar-se inconsolado! Oh meu Deus, quanto desvario, quanto desencontro na atualidade das nações! Por que tanta distância da luz, se todos os dias, o Sol nos ilumina permitindo novas possibilidades! O brilho das estrelas e principalmente a da mais próxima que nos permite o milagre da vida, e que por doze horas todos os dias nos mostra a grandeza do genitor divino, não nos faz reforçar a esperança de uma alvorada nova logo mais em algum lugar do futuro, nos orientando a domar as paixões e buscar o amor, para fraternalmente encontrarmos dentro de nós mesmos, como homens e descendentes da luz ,o caminho para a paz, para o amor, para a harmonia, para a felicidade! Ajuda-nos Senhor, neste momento, aproveitando as ondas que conspiram a favor que é a união entre os povos vinculados por idéias superiores da paz, da harmonia, da saúde mental, da riqueza que moeda nenhuma compra que é a fraternidade generalizada na Terra, unindo as nações em torno do sublime ideal que nos inspira no altar da natureza, no sorriso da criança, no cantar das aves canoras do céu, no balançar das folhas das árvores ao sopro do vento, nos estrondos das águas do mar, ou no céu colorido da alvorada ou do entardecer, ou ainda a complexidade da vida exuberante no fundo do mar, ou ainda as extraordinárias fotos coloridas das galáxias, das plêiades, dos cometas, das estrelas, dos oceanos, dos átomos, das células, das florestas, dos rios da vida, do amor da beleza da arte, da vida e de Deus onde tudo tem origem! Permiti senhor que os homens que governam as nações se unam e exorcize o egoísmo, a chaga maior que tem obstaculizado a ascensão do amor no coração dos homens! É verdade que não houve povo algum que desacreditasse na vida de além-túmulo, na existência de um ser superior responsável pelo universo e pela vida e que finalmente tivesse como conseqüência a compreensão da regra maior ou regra áurea para a paz no mundo: “Somente devo fazer para com os outros, o que eu gostaria que os outros me fizesse!” Esse pensamento no domínio das nações, significa a sua amplitude na economia global, na economia sadia, onde o respeito a sua principal variável, a verdadeira e representada pelo homem, é a única saída, para a solução de todos os problemas que aflige às nações, e que já é tempo de liberar o homem para a construção de si mesmo, como herdeiro de Deus na Terra! A Terra deverá ser muito em breve uma Grande Nação, onde todos os povos viverão fraternalmente como verdadeiros irmãos!
O Homem é o sublime viajante, que precisa desvencilhar-se um dia, não apenas do arquipélago celular, do seu corpo, da sua forma densa, transitória que gravita preso a uma esfera em órbita de uma estrela, mas também precisa libertar-se das paixões, da nuvem negra das coisas perecíveis que lhe infesta a mente, para que desprenda-se pelos laços sutis das virtudes, fazendo-o que esplenda, tornando-se livre e em órbita celeste na incomensurabilidade infinita, de gloriosa e rara beleza só perceptível pela intuição e que certamente o tornará uma estrela a mais a brilhar no universo que transcende, e que é muito maior e mais real que o universo que encanta os astrônomos, os homens de ciência, os artistas, os poetas, os sonhadores e os que amam em abundância...

Muita paz

Josinaldo Duarte de Lacerda