quinta-feira, 30 de julho de 2009

LEGITMA DEFESA


O recurso à legítima defesa é naturalmente um direito comum a todas as criaturas.
Nem há que duvidar de semelhante prerrogativa.
No entanto, importa considerar que esse direito não consiste em subtrair a existência do próximo, invadindo atribuições que pertencem a Deus.
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Dispomos do privilégio da defensiva, aplicando a nós mesmos os artigos da Lei Divina,obedecendo-lhe as determinações que nos garantem respeitabilidade e equilíbrio.
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Defender-nos-emos contra a incursão em novos débitos, abstendo-nos de alongar a despesa de cada dia, além da receita que nos compete.
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Estaremos agindo contra as hostilidades alheias, ofertando aos outros simpatia e cooperação.
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Não cairemos no fogo da calúnia, desde que vivamos em guarda contra a leviandade e a maledicência.
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Elevar-nos-emos, além da vasa do crime, submetendo-nos ao culto incessante do bem, segundo os nossos deveres, e fugindo ao império da tentação.
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Respiraremos libertos da irritação e da cólera se dermos ao companheiro do caminho o respeito e a compreensão que desejamos dele próprio, em nosso favor.
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Distanciar-nos-emos das extravagâncias da vaidade e do orgulho, sustentando, em nós mesmos, a humildade que a vida nos aconselha.
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Cristo é o nosso Divino Médico, ensinando-nos a observar os mais avançados princípios de imunologia da alma, na preservação dos valores eternos do Espírito.
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Perdoemo-nos uns aos outros, setenta vezes sete, em todas as nossas falhas na jornada evolutiva; amparemos o vizinho, tanto quanto lhe reclamamos o entendimento e o auxílio e, amando-nos reciprocamente no padrão do Senhor que nos protegeu até o sacrifício supremo, estaremos praticando a defesa legítima, único baluarte de nossa segurança e de nossa paz.

Emmanuel

(Do livro "Trilhas de Luz, psicografia de Francisco Candido Xavier)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

CULTIVA A PAZ


"E, se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, ela voltará para vós." - Jesus. (LUCAS, 10:6.)

Em verdade, há muitos desesperados na vida humana. Mas quantos se apegam, voluptuosamente, à própria desesperação? quantos revoltados fogem à luz da paciência? quantos criminosos choram de dor por lhes ser impossível a consumação de novos delitos? quantos tristes escapam, voluntariamente, às bênçãos da esperança?
Para que um homem seja filho da paz, é imprescindível trabalhe intensamente no mundo Intimo, cessando as vozes da inadaptação à Vontade Divina e evitando as manifestações de desarmonia, perante as íeis eternas.
Todos rogam a paz no Planeta atormentado de horríveis discórdias, mas raros se fazem dignos dela.
Exigem que a tranqüilidade resida no mesmo apartamento onde mora o ódio gratuito aos vizinhos, reclamam que a esperança tome assento com a inconformação e rogam à fé lhes aprove a ociosidade, no campo da necessária preparação espiritual.
Para esmagadora maioria dessas criaturas comodistas a paz legítima é realização muito distante.
Em todos os setores da vida, a preparação e o mérito devem anteceder o benefício.
Ninguém atinge o bem-estar em Cristo, sem esforço no bem, sem disciplina elevada de sentimentos, sem iluminação do raciocínio. Antes da sublime edificação, poderão registrar os mais belos discursos, vislumbrar as mais altas perspectivas do plano superior, conviver com os grandes apóstolos da Causa da Redenção, mas poderão igualmente viver longe da harmonia interior, que constitui a fonte divina e inesgotável da verdadeira felicidade, porque se o homem ouve a lição da paz cristã, sem o propósito firme de se lhe afeiçoar, é da própria recomendação do Senhor que esse bem celestial volte ao núcleo de origem como intransferível conquista de cada um.

Emmanuel (Espírito)
(Do livro "Vinha de Luz" psicografia de Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 14 de julho de 2009

DENTRO DO LAR


DENTRO DO LAR


Famílias-problemas!...
Irmãos que se antagonizam...
Cônjuges em lamentáveis litígios...
Animosidades entre filho e pai, farpas de ódios entre filha e mãe...
Afetos conjugais que se desmantelam em caudais de torvas acrimônias...
Sorrisos filiais que se transfiguram em rictos de idiossincrasias e vinditas...
Tempestades verbais em discussões extemporâneas...
Agressões infelizes de conseqüências fatais...
Tragédias nas paredes estreitas da família...
Enfermidades rigorosas sob látegos de impiedosa maldade...
Mãos encanecidas sob tormentos de filhos dominados por ódios inomináveis.
Pais enfermos açoitados por filhas obsidiadas, em conúbios satânicos de reações violentas em cadeia de ira...
Irmãos dependentes sofrendo agressões e recebendo amargos pães, fabricados com vinagre e fel de queixas e recriminações...
Famílias em guerras tiranizantes, famílias-problemas!...
* * *

É da Lei Divina que o infrator renasça ligado à infração que o caracteriza.
A justiça celeste estabeleceu que a sementeira tem caráter espontâneo, mas a colheita tem impositivo de obrigatoriedade.
O esposo negligente de ontem hoje recebe no lar a antiga companheira nas vestes de filha ingrata e maldizente.
A nubente atormentada, que no passado desrespeitou o lar, acolhe nos braços, no presente, o esposo traído vestindo as roupas de filho insidioso e cruel.
O companheiro do pretérito culposo se reinvicula pela consangüinidade à vítima, desesperada, reencontrando-a em casa como irmão impenitente e odioso.
O braço açoitador se imobiliza sob vergastada da loucura encarcerada nos trajos da família.
Desconsideração de outrora, desrespeito da atualidade.
Insânia gerando sandice e criminalidade alimentando aversões.
Chacais produzindo chacais.
Lobos tombando em armadilhas para lobos.
Cobradores reencarnados junto às dívidas, na província do instituto da família, dentro do lar.
* * *

Acende a claridade do Evangelho no lar e ama a tua família-problema, exercitando humildade e resignação.
Preserva a paciência, elaborando o curso do amor nos exercícios diários do silêncio entre os panos da piedade para que os que te compartem o ninho doméstico, revivendo os dias idos com execrandas carantonhas, sorvendo azedume e miasmas.
Não renasceste ali por circunstância anacrônica ou casual.
Não resides com uma família-problema por fator fortuito nem por engano dos Espíritos Egrégios.
Escolheste, antes do retorno ao veículo físico, aqueles que dividiriam contigo as aflições superlativas e os próprios desenganos.
Solicitaste a bênção da presença dos que te cercam em casa, para librares com segurança nos cimos para onde rumas.
Sem eles faltariam bases para os teus pés jornaleiros.
Sem a exigência deles, não serias digno de compartilhar a vilegiatura espiritual com os Amorosos Guias que te esperam.
São eles, os parentes severos nos trajos de verdugos inclementes, a lição de paciência que necessitas viver, aprendendo a amar os difíceis de amor para te candidatares ao Amor que a todos ama.
A mensagem espírita, que agora rutila no teu espírito transformado em farol de vivo amor e sabedoria, é o remédio-consolo para as tuas dores no lar, o antídoto e o tratado de armistício para o campo de batalha onde esgrimas com as armas da fé da bondade, apaziguando, compreendendo, desculpando, confiando em horas e dias melhores para o futuro...
Apoia-te ao bastão da certeza reencarnacionista, aproveita o padecimento ultriz, ajuda os verdugos da tua harmonia, mas dá-lhes a luz do conhecimento espírita para que, também eles, os problemas em si mesmos, elucidem os próprios enigmas e dramas, rumando para experiências novas com o coração afervorado e o espírito tranqüilo.

Joanna de Ângelis - Espírito
(Do livro "Messe de Amor", psicografia Divaldo Pereira Franco)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

OBJETIVO EXISTENCIAL


Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa Paz!
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Ó Mestre,
fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado e
é morrendo, que se vive para a vida eterna!

Qual o Objetivo da Vida?

Por que nascemos? Por que estamos neste mundo? Com base nos escritos sagrados existem sete razões para a nossa existência na Terra:

1. Não estamos aqui para enconstar-nos nos outros, mas para soerguê-los (Gálatas 6: 10).
2. Não estamos aqui para obsolver, para consumir, mas para dar (Lucas 6: 38).
3. Não estamos aqui para ser servidos, mas para servir (Marcos 10: 35-45)
4. Não estamos aqui para ser abencoados, mas para abençoar outros (João 21: 15-17).
5. Não estamos aqui para ser empecilho, mas para ajudar outros (Marcos 14: 3-9).
6. Não estamos aqui para ser fardo para os outros, mas para levar as cargas uns dos outros (Gálatas 6: 2).
7. Não estamos aqui para nos sentar na arquibancada e criticar os jogadores, mas para entrar no jogo e ajudar a conquistar a vitória (Marcos 16: 15).


“Não chores meu filho;
Não chores que a vida é luta renhida.
Viver é lutar.
A vida é combate, que os fracos abate
Que aos fortes e bravos, só pode exaltar.” – Gonçalves Dias

segunda-feira, 6 de julho de 2009

CARIDADE DO TEMPO


Amplia-se na vida, segundo as nossas necessidades, o tema sempre novo da caridade.
Ninguém calcula a importância do pão que socorre o faminto, nem o valor do remédio que alivia o doente.
Outras expressões de beneficência, contudo, vão surgindo imperiosas.
Uma delas, que raramente refletimos, baseia-se na dádiva das horas – caridade do tempo, ao alcance de todos.

Não há criatura impedida de exercê-la. Em qualquer clima social, semelhante cooperação é fundamento do bem.

Um dia de trabalho gratuito no levantamento das boas obras...
Uma semana tomada às férias para concurso desinteressado às instituições que reúnem doentes menos felizes...
Um horário de serviço puramente fraterno na esfera profissional para os que nos reclamam a experiência...
Um momento de tolerância e respeito para os que se extraviam na cólera...
Um minuto a mais de atenção para a conversa de alguém que ainda ignora o processo de resumir...
Uma hora para a visita espontânea ou solicitada em que sejamos úteis...

Todos podemos calar para que outros falem, extrair alguns instantes dos apertos do dia a dia para atividades edificantes, empregar retalhos de repouso no estudo para conseguir esclarecer ou ensinar, suprimir um passeio ou uma distração para a felicidade de servir...

Não nos esqueçamos de articular oportunidades em auxílio de outrem.

Caridade do tempo, fonte de amor e luz. É com ela e por ela que a própria Sabedoria Divina nos ampara e nos reergue, corrige e aprimora, usando paciência infinita conosco, através das reencarnações.

ANDRÉ LUIZ (espírito)
(Do livro "Sol nas Almas",mediunidade de Waldo Vieira)

domingo, 5 de julho de 2009

RECAPITULAÇÃO


"Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus.” – (João, 12:43.)

Os séculos parecem reviver com seus resplendores e decadências.
Fornece o mundo a impressão dum campo onde as cenas se repetem constantemente.
Tudo instável.
A força e o direito caminham com alternativas de domínio. Multidões esclarecidas regressam a novas alucinações. O espírito humano, a seu turno, considerado insuladamente, demonstra recapitular as más experiências, após alcançar o bom conhecimento.
Como esclarecer a anomalia? A situação é estranhável porque, no fundo, todo homem tem sede de paz e fome de estabilidade. Importa reconhecer, porém, que, no curso dos milênios, as criaturas humanas, em múltiplas existências, têm amado mais a glória terrena do que a glória de Deus.
Inúmeros homens se presumem redimidos com a meditação criteriosa do crepúsculo, mas... e o dia que já se foi? Na justiça misericordiosa de suas decisões, Jesus concede ao trabalhador hesitante uma oportunidade nova. O dia volta. Refunde-se a existência. Todavia, que aproveita ao operário valer-se tãosomente dos bens eternos, no crepúsculo cheio de sombras?
Alguém lhe perguntará: que fizeste da manhã clara, do Sol ardente, dos instrumentos que te dei? Apenas a essa altura reconhece a necessidade de gloriar-se no Todo-Poderoso. E homens e povos continuarão desfazendo a obra falsa para recomeçar o esforço outra vez.


Emmanuel (Espírito)

Do livro "Caminho, Verdade e Vida", psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sábado, 4 de julho de 2009

REFUGIA-TE EM PAZ



Refugia-te em
Paz

"Havia muitos que iam e vinham e não tinham tempo para comer". (Marcos, 6:31)

O convite do Mestre, para que os discípulos procurem lugar à parte, a fim de repousarem a mente e o coração na prece, é cada vez mais oportuno. Todas as estradas terrestres estão cheias dos que vão e vêm, atormentados pelos interesses imediatistas, sem encontrarem tempo para a recepção de alimento espiritual. Inúmeras pessoas atravessam a senda, famintas de ouro, e voltam carregadas de desilusões. Outras muitas correm às aventuras, sedentas de novidade emocional, e regressam com o tédio destruidor. Nunca houve no mundo tantos templos de pedra, como agora, para as manifestações de religiosidade, e jamais apareceu tamanho volume de desencanto nas almas. A legislação trabalhista vem reduzindo a atividade das mãos, como nunca; no entanto, em tempo algum surgiram preocupações tão angustiosas como na atualidade. As máquinas da civilização moderna limitaram espantosamente o esforço humano, todavia, as aflições culminam, presentemente, em guerras de arrasamento científico. Avançou a técnica da produção econômica em todos os setores, selecionando o algodão e o trigo por intensificar-lhes as colheitas, mas, para os olhos que contemplam a paisagem mundial, jamais se verificou entre os encarnados tamanha escassez de pão e vestuário. Aprimoraram-se as teorias sociais de solidariedade e nunca houve tanta discórdia. Como acontecia nos tempos da permanência de Jesus no apostolado, a maioria dos homens permanece no vaivém dos caminhos, entre a procura desorientada e o achado falso, entre a mocidade leviana e a velhice desiludida, entre a saúde menosprezada e a moléstia sem proveito, entre a encarnação perdida e a desencarnação em desespero. Ó meu amigo, se adotaste efetivamente o aprendizado com o Divino Mestre, retira-te a um lugar à parte, e cultiva os interesses de tua alma. É possível que não encontres o jardim exterior que facilite a meditação, nem algum pedaço de natureza física onde repouses do cansaço material, todavia, penetra o santuário, dentro de ti mesmo. Há muitos sentimentos que te animam há séculos, imitando, em teu íntimo, o fluxo e o refluxo da multidão. Passam apressados de teu coração ao cérebro e voltam do cérebro ao coração, sempre os mesmos, incapacitados de acesso à luz espiritual. São os pricípios fantasistas de paz e justiça, de amor e felicidade que o plano da carne te impôs. Em certas circunstâncias da experiência transitória, podem ser úteis, entretanto, não vivas exclusivamente ao lado deles. Exerceriam sobre ti o cativeiro infernal. Refugia-te no templo à parte, dentro de tua alma, porque somente aí encontrarás as verdadeiras noções da paz e da justiça, do amor e da felicidade reais, a que o Senhor te destinou.


Da obra: Fonte Viva
Psicografia do médium Francisco Cândido Xavier, mensagem transmitida pelo Espírito Emmanuel

quinta-feira, 2 de julho de 2009

QUE FAZEIS DE ESPECIAL?


"Que fazeis de especial?" - Jesus. (MATEUS, 5:47.)

Iniciados na luz da Revelação Nova, os espiritistas cristãos possuem patrimônios de entendimento muito acima da compreensão normal dos homens encarnados.
Em verdade, sabem que a vida prossegue vitoriosa, além da morte; que se encontram na escola temporária da Terra, em favor da iluminação espiritual que lhes é necessária; que o corpo carnal é simples vestimenta a desgastar-se cada dia; que os trabalhos e desgostos do mundo são recursos educativos; que a dor é o estímulo às mais altas realizações; que a nossa colheita futura se verificará, de acordo com a sementeira de agora; que a luz do Senhor clarear-nos-á os caminhos, sempre que estivermos a serviço do bem; que toda oportunidade de trabalho no presente é uma bênção dos Poderes Divinos; que ninguém se acha na Crosta do Planeta em excursão de prazeres fáceis, mas, sim, em missão de aperfeiçoamento; que a justiça não é uma ilusão e que a verdade surpreenderá toda a gente; que a existência na esfera física é abençoada oficina de trabalho, resgate e redenção e que os atos, palavras e pensamentos da criatura produzirão sempre os frutos que lhes dizem respeito, no campo infinito da vida.
Efetivamente, sabemos tudo isto.
Em face, pois, de tantos conhecimentos e informações dos planos mais altos, a beneficiarem nossos círculos felizes de trabalho espiritual, é justo ouçamos a interrogação do Divino Mestre:
- Que fazeis mais que os outros?

Emmanuel



(Do Livro "VINHA DE LUZ",psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier)