terça-feira, 29 de setembro de 2009

PROCUREMOS



"Antes, vindo ele a Roma, com muito cuidado me procurou e me achou." - Paulo. (II TIMÓTEO, 1:17.)

Todas as sentenças evangélicas permanecem assinaladas de beleza e sabedoria ocultas. Indispensável meditar, estabelecer comparações no silêncio e examinar experiências diárias para descobri-las.
Aquele gesto de Onesíforo, buscando o apóstolo dos gentios, com muito cuidado, na vida cosmopolita de Roma, representa ensinamento sobremaneira expressivo.
A anotação de Paulo designa ocorrência comum, entretanto o aprendiz aplicado ultrapassa a letra para recolher a lição.
Quantos amigos de Jesus e de seus seguidores diretos lhes aguardam a visita, ansiosos e impacientes? Quantos se fixam, imóveis, nas atitudes inferiores, reclamando providências que não fizeram por merecer? Há crentes presunçosos que procuram impor- se aos Desígnios Divinos, formulando exigências ao Céu, em espinhosas bases de ingratidão e atrevimento. Outros se lamentam, amargurados, quais voluntariosas criancinhas, porque o Mestre não lhes satisfez os desejos absurdos e inconvenientes.
Raros os aprendizes que refletem nos serviços imensos do Cristo.
Estaria Jesus, vagueante e desocupado, na Vida Superior? Respirariam seus colaboradores diretos, cristalizados na ociosidade beatífica?
Imprescindível é meditar na magnitude do trabalho e da responsabilidade dos obreiros divinos.
Lembremo-nos de que se Paulo era um prisioneiro aos olhos do mundo, era já, em si mesmo, uma luz viva e brilhante, na condição de apóstolo que o próprio Jesus
glorificara. Não era, ante a visão do espírito, um encarcerado e sim um triunfador. Apesar disso, Onesíforo, a fim de vê-lo, foi constrangido a procurá-lo com muito cuidado.
Semelhante impositivo ainda é o mesmo nos dias que passam. Para encontrarmos Jesus e aqueles que o servem, faz-se mister buscá-los zelosamente.

Emmanuel (Espírito)

Livro Vinha de Luz - Mediunidade Francisco Candido Xavier

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

ANTES DE SERVIR


Em companhia do espírito de serviço, estaremos sempre bem guardados. A Criação inteira nos reafirma esta verdade com clareza absoluta.
Dos reinos inferiores às mais altas esferas, todas as coisas servem a seu tempo.
A lei do trabalho, com a divisão e a especialização nas tarefas, prepondera nos mais humildes elementos, nos variados setores da Natureza.
Essa árvore curará enfermidades, aquela outra produzirá frutos. Há pedras que contribuem na construção do lar; outras existem calçando os caminhos.
O Pai forneceu ao filho homem a casa planetária, onde cada objeto se encontra em lugar próprio, aguardando somente o esforço digno e a palavra de ordem, para ensinar à criatura a arte de servir. Se lhe foi doada a pólvora destinada à libertação da energia e se a pólvora permanece utilizada por instrumento de morte aos semelhantes, isto corre por conta do usufrutuário da moradia terrestre, porque o Supremo Senhor em tudo sugere a prática do bem, objetivando a elevação e o enriquecimento de todos os valores do Patrimônio Universal.
Não olvidemos que Jesus passou entre nós, trabalhando. Examinemos a natureza de sua cooperação sacrificial e aprendamos com o Mestre a felicidade de servir santamente.
Podes começar hoje mesmo.
Uma enxada ou uma caçarola constituem excelentes pontos de início. Se te encontras enfermo, de mãos inabilitadas para a colaboração direta, podes principiar mesmo assim, servindo na edificação moral de teus irmãos.

Meimei (Espírito)
Mediunidade de Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

VIVÊNCIA


Habitualmente, perdemos tempo, em desgosto inútil,
quando nos achamos em antagonismo com alguém ou vice-versa.
Entretanto, vejamos:
os outros pensam segundo imaginam;
falam o que melhor lhes parece;
fazem o que lhes ocorre aos desejos;
abraçam o que lhes agrada;
adquirem o que estimam;
valorizam o que mais amam;
inclinam-se para aquilo que os atrai;
vivem com quem mais se afinam;
estão no caminho que escolheram;
acham sempre o que procuram.
Isso, porém, não é novidade, porque todos nos
padronizamos por diretrizes idênticas: agimos
como somos e reagimos, conforme a própria
vontade, na condução de nossos impulsos.
A novidade é reconhecer que os outros e
nós teremos inevitavelmente aquilo que fizermos.
Alcançando a certeza disso, vale, acima de tudo,
auxiliarmo-nos reciprocamente, sem queixas uns dos outros,
de vez que nenhum de nós consegue aperfeiçoamento
próprio senão à custa de numerosas experiências.
À frente da realidade, vivamos com as nossas lições,
mantendo a consciência em paz, e deixemos aos
outros o seu próprio dom de aprender e de viver.

André Luiz (Espírito)


Do Livro: Respostas da Vida - Mediunidade Francisco Candido Xavier

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

VOLTARÁS AMANHÃ


VOLTARÁS AMANHÃ


Não repouses na gleba de possibilidades que o
Divino Amor te confiou no coração da Terra.

Voltarás amanhã para colher o que hoje semeias.

Ninguém te pede milagres de santidade num dia.

-o-

A árvore vigorosa não cresceu de improviso.

A cidade em que renasceste não se levantou de repente.

Tudo se desenvolve, minuto a minuto...

-o-

A vida impõe-te agora as conseqüências do antes.

Somos hoje no espaço e no tempo, a projeção do que fomos...

-o-

Se a dor é a tua mestra constante, agradece-lhe o
serviço e aprende a lição. Ela é o recurso invisível
com que a Bondade do Senhor te arrebata
ao labirinto das sombras de ti mesmo.

Se recebeste alguma facilidade para atravessar,
com êxito, a escura região terrestre, não te confies
à preguiça ou à vaidade, para que o sofrimento
não seja convidado a desintegrar a
gelada neblina em que te sepultarás sem perceber.

-o-

Não te esqueças.

A oportunidade passa, mas a luta adiada volta sempre.

Amanhã reencontrar-te-ás contigo mesmo, na paisagem que
o mundo te oferece, nos ideais que esposas,
nos trabalhos confiados à tua mão ou na
pessoa do próximo que honras ou menosprezas...

-o-

Cumpramos, agora, os nossos iluminados deveres à face da Lei.
Convertamos nossa experiência pessoal em serviço a todos,
transformando as horas, que Deus nos empresta, em
bênçãos de utilidade, beleza, graça e harmonia
e o futuro constituir-se-á para
nossa alma em abençoado e celeste caminho de ascensão.

-o-

Não critiques destruindo.

Não julgues o mal por mal.

Não firas a ninguém.

Não revides os golpes da sombra
para que te não demores nas malhas da treva.

Não retribuas ofensa por ofensa, amargura
por amargura, incompreensão por incompreensão.

Ama, auxilia e passa, e, quando regressares à
Terra, amanhã, o mundo receberá teus pés, em chuva de bênçãos.


(Mensagem transmitida pelo Espírito Emmanuel
Psicografia do médium Francisco Cândido Xavier;
Do Livro: Instrumentos do Tempo)

terça-feira, 22 de setembro de 2009

INDICAÇÃO DE PEDRO


"Aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a." - Pedro. (I PEDRO, 3:11.)

A indicação do grande apóstolo, para que tenhamos dias felizes,
parece extremamente simples pelo reduzido número
de palavras, mas revela um campo imenso de obrigações.

Não é fácil apartar-se do mal, consubstanciado nos desvios
inúmeros de nossa alma através de
consecutivas reencarnações,
e é muito difícil praticar o bem, dentro das
nocivas paixões pessoais que nos empolgam
a personalidade, cabendo-nos aindareconhecer que,
se nos conservarmos envolvidos na túnica pesada de nossos velhos
caprichos, é impossível buscar a paz e segui-la.

Cegaram-nos males numerosos, aos quais
nos inclinamos nas sendas evolutivas,
e acostumados ao exclusivismo e ao atrito inútil,
no desperdício de energias sagradas,
ignoramos como procurar a tranqüilidade
consoladora. Esta é a situação real da maioria
dos encarnados e de grande parte dos
desencarnados que se acomodam aos círculos do
homem, porque a morte física não soluciona
problemas que condizem com o foro íntimo de cada um.

A palavra de Pedro, desse modo, vale por desafio generoso.

Nosso esforço deve convergir para a grande realização.

EMMANUEL (ESPÍRITO)

Do Livro: Vinha de Luz, Medinidade FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

domingo, 20 de setembro de 2009

ANTE A LIÇÃO


ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor
te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as estrelas;
e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma,
não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes,
se não descerrares o coração para que o teu sentimento
mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade
de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se
ineptos à frente das novas revelações, e isto porque
não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se
longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria,
somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição
nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação.
"Considera o que te digo, porque, então,
o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna,
o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade,
dar-nos-á entendimento em tudo.

Emmanuel (Espirito)

Fonte Vive, livro da lavra mediunica de Francisco Candido Xavier

sábado, 19 de setembro de 2009

O SUBLIME ALGUEM



Ninguém poderá carregar o fardo de suas dores.

Eduque-se com o sofrimento.

*

Ninguém entenderá os problemas complexos de sua existência.

Exercite o silêncio.

*

Ninguém seguirá com você indefinidamente.

Acostume-se com a solidão.

*

Ninguém acreditará que suas aflições sejam maiores do que as do vizinho.

Liberte-se delas com o trabalho de auto-iluminação.

*

Ninguém lhe atenderá todas as necessidades.

Subordine-se apenas ao que você tem.

*

Ninguém responderá por seus erros.

Tenha cuidado no proceder.

*

Ninguém suportará suas exigências.

Faça-se brando e simples.

*

Ninguém o libertará do arrependimento após o crime.

Medite na paciência e domine os impulsos.

*

Ninguém compreenderá seus sacrifícios e renúncias para a manutenção de uma vida modesta e honrada.

Persevere no dever bem cumprido.

*

Sábio é todo aquele que reconhece a infinita pequenez ante a infinita grandeza da vida. Embora ninguém possa servi-lo sempre, você encontrará um sublime Alguém, que tem para cada anseio de sua alma uma alternativa de amor.

*

Por você, Ele carregou o fardo do mundo...

Compreendeu os conflitos da vida...

Caminhou com todos...

Socorreu todos que O buscaram...

Matou a fome, saciou a sede e ouviu as multidões inquietas...

Atendeu à viúva de Naim, ao apelo materno em Caná...

Carregou a cruz da injustiça sem nenhuma reclamação...

Perdoou a traição de Judas, desculpou as negativas de Pedro e a ambos libertou do remorso com a concessão do trabalho em novos avatares...

Compreendeu as lutas da mulher atormentada, sedenta de paz; esclareceu o enfático doutor do Sinédrio, sedento de saber; arrancou das trevas o cego Bartimeu, sedento de claridade...

Ensinou que diante do amor todos os enigmas do Universo se aclaram, por ser o Pai Celeste a Suprema Fonte do Amor.

Não se imponha, pois, a ninguém.

*

Embora você dependa de todos, nada aguarde dos outros.

Receba e agradeça o que lhe chegue e como chegue, ajude e passe...

*

Aprenda que a luta é a lição de cada hora no abençoado livro da existência planetária, e siga adiante com Ele, que "jamais se escusava".


Marco Prisco (Espírito)

Glossário Espírita-Cristão - mediunidade Divaldo Pereira
Franco.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A FUGA


"E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno, nem no sábado." - Jesus.
(MATEUS, 24:20.)
A permanência nos círculos mais baixos da natureza institui para a alma um segundo modo de ser, em que a viciação se faz obsidente e imperiosa. Para que alguém se
retire de semelhantes charcos do espírito é imprescindível que fuja.
Raramente, porém, a vitima conseguirá libertar-se, sem a disciplina de si mesma.
Muita vez, é preciso violentar o próprio coração. Somente assim demandará novos planos.
Justo, pois, recorrer à imagem do Mestre, quando se reportou ao Planeta em geral,
salientando as necessidades do indivíduo.
É conveniente a todo aprendiz a fuga proveitosa da região lodacenta da vida, enquanto não chega o "inverno" ou os derradeiros recursos de tempo, recebidos para o
serviço humano.
Cada homem possui, com a existência, uma série de estações e uma relação de dias, estruturadas em precioso cálculo de probabilidades. Razoável se torna que o trabalhador aproveite a primavera da mocidade, o verão das forças físicas e o outono da reflexão, para a grande viagem do inferior para o superior; entretanto, a maioria aguarda o inverno da velhice ou do sofrimento irremediável na Terra, quando o ensejo de trabalho está findo.
As possibilidades para determinada experiência jazem esgotadas. Não é o fim da vida, mas o termo de preciosa concessão. E, naturalmente, o servidor descuidado, que deixou para sábado o trabalho que deveria executar na segunda-feira, será obrigado a
recapitular a tarefa, sabe Deus quando!

Emmanuel (Espírito)

Livro: Vinha de Luz - Mediunidade de Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

PENSAMENTOS

Todas as obras humanas constituem a resultante do pensamento das criaturas. O mal e o bem, o feio e o belo viveram, antes de tudo, na fonte mental quê os produziu, nos movimentos incessantes da vida.
O Evangelho consubstancia o roteiro generoso para que a mente do homem se renove nos caminhos da espiritualidade superior, proclamando a necessidade de semelhante transformação, rumo aos planos mais altos. Não será tão-somente com os primores intelectuais da Filosofia que o discípulo iniciará seus esforços em realização desse teor. Renovar pensamentos não é tão fácil como parece à primeira vista. Demanda muita capacidade de renúncia e profunda dominação de si mesmo, qualidades que o homem não consegue alcançar sem trabalho e sacrifício do coração.
É por isso que muitos servidores modificam expressões verbais, julgando que refundiram pensamentos. Todavia, no instante de recapitular, pela repetição das circunstâncias, as experiências redentoras, encontram, de novo, análogas perturbações, porque os obstáculos e as sombras permanecem na mente, quais fantasmas ocultos.
Pensar é criar. A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no campo dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo íntimo, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou extinção.
O conselho de Paulo aos filipenses apresenta sublime conteúdo. Os discípulos que puderem compreender-lhe a essência profunda, buscando ver o lado verdadeiro, honesto, justo, puro e amável de todas as coisas, cultivando-o, em cada dia, terão encontrado a divina equação.

Emmanuel (Espírito)

Livro: Pão Nosso - Mediunidade Francisco Cândido Xavier

domingo, 13 de setembro de 2009

PENSAR

O pensamento é a nossa capacidade criativa em ação. Em qualquer tempo, é muito importante não nos esquecermos disso.
A idéia forma a condição; a condição produz o efeito; o efeito cria o destino.
A sua vida será sempre o que você esteja mentalizando constantemente... Em razão disso, qualquer mudança real em seus caminhos, virá unicamente da mudança de seus pensamentos.
Imagine a sua existência como deseja deva ser e, trabalhando nessa linha de idéias, observará que o tempo lhe trará as realizações esperadas.
As leis do destino carregarão de volta a você tudo aquilo que você pense. Nesta verdade, encontramos tudo o que se relacione conosco, tanto no que se refere ao bem, quanto ao mal.
Observe e verificará que você mesmo atraiu para o seu campo de influência tudo o que você possui tudo aquilo que faz parte do seu dia-a-dia...
Deus é Amor e não pune criatura alguma. A própria criatura é que se culpa e se corrige, ante os falsos conceitos que alimente com relação a Deus.
Em nosso íntimo a liberdade de escolher é absoluta; depois da criação mental que nos pertence, é que nos reconhecemos naturalmente sujeitos a ela.
O Bem Eterno é a Lei Suprema; mantenha-se no bem a tudo e a todos e a vida se lhe converterá em fonte de bênçãos.
Através dos princípios mentais que nos regem, de tudo aquilo de nós que dermos aos outros, receberemos dos outros centuplicadamente.

André Luiz (Espírito)

Livro: Respostas da Vida - Mediunidade Francisco Cândido Xavier

sábado, 12 de setembro de 2009

NÃO SOMENTE


"Nem só de pão vive o homem".- Jesus. (MATEUS. 4:4).
Não somente agasalho que proteja o corpo, mas também o refúgio de conhecimentos superiores que fortaleçam a alma.
Não só a beleza da máscara fisionômica, mas igualmente a formosura e nobreza dos sentimentos.
Não apenas a eugenia que aprimora os músculos, mas também a educação que aperfeiçoa as maneiras.
Não somente a cirurgia que extirpa o defeito orgânico, mas igualmente o esforço próprio que anula o defeito íntimo.
Não só o domicílio confortável para a vida física, mas também a casa invisível dos princípios edificantes em que o espírito se faça útil, estimado e respeitável.
Não apenas os títulos honrosos que ilustram a personalidade transitória, mas igualmente as virtudes comprovadas, na luta objetiva, que enriqueçam a consciência eterna.
Não somente claridade para os olhos mortais, mas também luz divina para o entendimento imperecível.
Não só aspecto agradável, mas igualmente utilidade viva.
Não apenas flores, mas também frutos.
Não somente ensino continuado, mas igualmente demonstração ativa.
Não só teoria excelente, mas também prática santificante.
Não apenas nós, mas igualmente os outros.
Disse o Mestre: - "Nem só de pão vive o homem".
Apliquemos o sublime conceito ao imenso campo do mundo.
Bom gosto, harmonia e dignidade na vida exterior constituem dever,
mas não nos esqueçamos da pureza, da elevação e dos recursos
sublimes da vida interior, com que nos dirigimos para a Eternidade.

Emmanuel (Espírito)

Livro: Fonte Viva - Mediunidade Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O BEM É INCANSÁVEL


O BEM É INCANSÁVEL

“E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.” — Paulo. (2ª EPÍSTOLA AOS TESSALONICENSES, CAPÍTULO 3, VERSÍCULO 13.)

É muito comum encontrarmos pessoas que se declaram cansadas de praticar o bem. Estejamos, contudo, convictos de que semelhantes alegações não procedem de fonte pura.

Somente aqueles que visam determinadas vantagens aos interesses particularistas, na zona do imediatismo, adquirem o tédio vizinho da desesperação, quando não podem atender a propósitos egoísticos.

É indispensável muita prudência quando essa ou aquela circunstância nos induz a refletir nos males que nos assaltam, depois do bem que julgamos haver semeado ou nutrido.

O aprendiz sincero não ignora que Jesus exerce o seu ministério de amor sem exaurir-se, desde o princípio da organização planetária. Relativamente aos nossos casos pessoais, muita vez terá o Mestre sentido o espinho de nossa ingratidão, identificando-nos o recuo aos trabalhos da nossa própria ilu-minação; todavia, nem mesmo verificando-nos os desvios voluntários e criminosos, jamais se esgotou a paciência do Cristo que nos corrige, amando, e tolera, edificando, abrindo-nos misericordiosos braços para a atividade renovadora.

Se Ele nos tem suportado e esperado através de tantos séculos, por que não poderemos experimentar de ãnimo firme algumas pequenas decepções durante alguns dias?

A observação de Paulo aos tessalonicenses, portanto, é muito justa. Se nos entediarmos na prática do bem, semelhante desastre expressará em verdade que ainda nos não foi possível a emersão do mal de nós mesmos.

EMMANUEL (espírito)

Do livro Pão Nosso - Mediunidade de Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

ATITUDE SILENCIOSA





Afirma velho refrão da sabedoria popular que todo aquele que cala consente.
Nem sempre, porém, é assim.
+
O silêncio pode significar mais do que ausência pura e simples.
+
Há quem cale por temor, mesmo que discordando; outros silenciam para evitar contendas inúteis, e diversos indivíduos o fazem perseguindo interesses inferiores...
+
Também se pode apresentar um tipo de silêncio dinâmico, que é sabedoria, quando os tolos palram ou os agressivos estridulam...
+
Caracteriza o profundo conhecedor de uma questão, o seu silêncio, igualmente chamado “de ouro” pelo brocardo ancestral, que fala no momento em que é solicitado, ao mesmo tempo gerando esclarecimento e produzindo instrução.
Essa atitude, no entanto, exige equilíbrio e disciplina moral decorrentes da coragem que propicia auto-controle, superando as paixões mais rudes que se rebelam e pretendem competir, impor e conflagrar.
+
Fala-se muito sem que se pense, e, por isso, os conflitos se apresentam em escala crescente, lançando umas contra outras as pessoas e perturbando o organismo social.
+
O silêncio não deve significar mutismo constrangedor, atitude de indiferença ou de desprezo pelo interlocutor.
Referimo-nos à discussão vazia, ao debate infrutífero, às defesas desnecessárias quando ocorrem os bombardeios da insensatez.
+
É mais fácil reagir, argumentando pelo espicaçar da vaidade ferida, ou graças aos espículos que se cravam no orgulho.
+
Saber ouvir, ler com serenidade os ataques e difamações, constituem comportamento estóico, que a todos cumpre assumir, a benefício próprio, do adversário e da paz entre todos.
+
Silencia o mal que te façam e age no bem que possas desenvolver.
Os teus atos possuem a voz que fala mais alto do que todas as tuas palavras.
Se os não respeitam, menos considerarão as tuas objurgações.
+
Não passes recibo às provocações dos que se convertem em defensores da verdade, fiscais do dever alheio, donos de todo o conhecimento...
+
Incorpora ao universo das tuas atitudes as palavras não ditas, desmentindo infâmias e acusações indébitas pela tua forma de ser e de te conduzires.
+
O tempo urge e é precioso em demasia para que seja malbaratado inutilmente.
+
Não te tornarás melhor porque te elogiem ou concordem contigo. Da mesma forma, não te farás pior face às injúrias e malquerenças que te cerquem os passos.
+
Porfia no teu compromisso e aguarda o tempo, que é sempre o mesmo para todos, diferindo na forma como transcorre em relação a cada um.
+
O Codificador do Espiritismo, na defesa da Doutrina, jamais aquiesceu em participar das discussões estéreis e vazias. A cada agressão que merecia esclarecimento justo, sem qualquer ressentimento, ofereceu respostas que permanecem como páginas de luz pela sabedoria que encerram, demonstrando a excelência do Espiritismo mediante a robustez do seu conteúdo e a construção granítica das idéias argamassadas na filosofia ético-moral do Evangelho de Jesus, que a ciência comprova experimentalmente, em todos os fatos, permanecendo como a mais sólida de quantas já apareceram, consciências e sentimentos que projeta no rumo de Deus.


Joanna de Ângelis (Espírito)

Do livro: Viver e amar - Psicografia Divaldo Franco

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

PROBLEMAS PESSOAIS

A fé viva não é patrimônio transferível. É conquista pessoal.

A felicidade legítima não é mercadoria que se empresta. É realização íntima.

A graça do Céu não desce a esmo. Tem que ser merecida.

A melhor caridade não é a que se faz por substitutos. Cabe-nos
executá-la por nós mesmos.

A fortaleza moral não é produto de rogos alheios. Provém do nosso esforço na resistência para o bem.

A esperança fiel não se nos fixa no coração através de simples contágio. É fruto de compreensão mais alta.

O verdadeiro amor não nasce das sombras do desejo. É fonte cristalina e inexaurível do espírito eterno.

O conhecimento real não é construção de alguns dias. É obra do tempo.

O paraíso jamais será adquirido pela sagacidade da compra. É atingível pela nossa boa-vontade em fugir ao purgatório ou ao inferno da própria consciência.

A proteção da Esfera Superior é inegável para todos nós que ainda nos movimentamos na sombra. Ai de nós, todavia, se não procurarmos as bênçãos da luz!...

Texto extraído do livro "Agenda Cristã ", Chico Xavier (André Luiz)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

BEM E MAL SOFRER


Bem e Mal sofrer


18. Quando o Cristo disse: "Bem-aventurados os aflitos, o reino dos céus lhes pertence", não se referia de modo geral aos que sofrem, visto que sofrem todos os que se encontram na Terra, quer ocupem tronos, quer jazam sobre a palha. Mas, ah! poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus. O desânimo é uma falta. Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem. A prece é um apoio para a alma; contudo, não basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade de Deus. Ele já muitas vezes vos disse que não coloca fardos pesados em ombros fracos. O fardo é proporcionado às forças, como a recompensa o será à resignação e à coragem. Mais opulenta será a recompensa, do que penosa a aflição. Cumpre, porém, merecê-la, e é para isso que a vida se apresenta cheia de tribulações.


O militar que não é mandado para as linhas de fogo fica descontente, porque o repouso no campo nenhuma ascensão de posto lhe faculta. Sede, pois, como o militar e não desejeis um repouso em que o vosso corpo se enervaria e se entorpeceria a vossa alma. Alegrai-vos, quando Deus vos enviar para a luta. Não consiste esta no fogo da batalha, mas nos amargores da vida, onde, às vezes, de mais coragem se há mister do que num combate sangrento, porquanto não é raro que aquele que se mantém firme em presença do inimigo fraqueje nas tenazes de uma pena moral. Nenhuma recompensa obtém o homem por essa espécie de coragem; mas, Deus lhe reserva palmas de vitória e uma situação gloriosa. Quando vos advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobreponde-vos a ela, e, quando houverdes conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, dizei, de vós para convosco, cheio de justa satisfação: "Fui o mais forte."


Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim: Bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso. - Lacordaire. (Havre, 1863.)

domingo, 6 de setembro de 2009

IDEAL ESPIRITA


" Não procures repouso em momentos vazios, inércia simplesmente é começo de angústia. (Emmanuel)

Todas as religiões são parcelas da verdade.

Todas as religiões - caminhos para Deus - são bênçãos e luzes da Humanidade para a Humanidade.

Então, indagar-se-á : Porque o Espiritismo ?

Tentemos esclarecer, porém, que as religiões tradicionais, embora veneráveis, jazem comprometidas com preconceitos de dogmas que, até certo ponto, lhe são necessários à função e à estrutura. No âmbito delas, a criatura se satisfaz, até que a indagação lhe exija vôos para além das constrições impostas pela autoridade humana ou até que a dor estilhace o invólucro de crenças úteis, mas superficiais, no qual se acomoda à estreitezas de vistas.

Desde o século XIX a ciência experimental e filosofia especulativa partiram para novos entendimentos, multiplicando descobertas e invenções que mudaram completamente a face externa dos povos. Entretanto, por outro lado, o sofrimento e a morte continuam os mesmos.

Impõe-se demonstrar ao homem que todos os avanços de que dispõe para senhorear a natureza exterior, não o exoneram do auto conhecimento. Para conhecer-nos, porém, com o devido proveito, necessitamos de religião que nos integre na responsabilidade de viver e agir, porquanto, sem religião, o homem não passa da condição de animal aperfeiçoado, impelido a cair no mesmo nível dos animais inferiores.

A Doutrina Espírita é aquele Consolador prometido às criaturas pelo Divino Mestre, consagrado a explicar-lhes, em momento oportuno, as verdades eternas; e, pelas verdades eternas que o Espiritismo nos descortina, sabemos positivamente que não há morte e que a Justiça da Vida funciona acima de tudo, na consciência de cada um. Deus é amor. A vida é imperecível. O espírito é imortal. A Terra é um dos múltiplos lares da imensidade cósmica.

A Humanidade é só uma família. Cada criatura é responsável por si e cada um de nós é artífice do próprio destino.

Devemos a nós mesmos o bem ou o mal, a vitória ou a derrota que nos assinalem os dias.

Temos, assim, na Doutrina Espírita, Religião da Sabedoria do Amor, vigentes em quaisquer plagas do Universo, a restabelecer o nosso reencontro com o Evangelho de Jesus.

De posse dela, qualquer de nós está habilitado a acertar, regenerar, construir, melhorar e aperfeiçoar com o bem, onde, como e quando quiser.

Na porta da luz da Nova Revelação, estamos defrontados pela presença renovadora do Cristo de Deus.

Sigamos adiante com Ele e, segundo a promessa d'Ele próprio, o amor guiar-nos-á para a luz e a verdade nos fará livres.

Emmanuel

Mensagem recebida pelo Médium Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

TOCADOS PELO ENCONTRO COM DEUS

Entrevista de Divaldo Franco - Noruega - maio 2009



O orador espírita Divaldo Pereira Franco visitou a Noruega, nos dias 13 e 14 de maio de 2009, a convite do GEEAK Norge (Grupo de Estudos Espírita Allan Kardec).




No dia 13 de maio, realizou palestra aberta ao público, na Deichmanks Bibliotek Grünerlokka, em Oslo, capital da Noruega. Na ocasião, Divaldo Franco falou sobre Autoperdão para cerca de 70 pessoas, entre brasileiros e noruegueses. A palestra teve tradução simultânea para o norueguês, realizada pela psicóloga Amália Carli.




No dia 14 de maio, Divaldo Pereira Franco reuniu-se com grupos espíritas da Escandinávia, quando realizou seminário sobre o tema A Casa Espírita. Cerca de 30 pessoas participaram do evento, durante o qual Divaldo Franco concedeu essa entrevista exclusiva à Revista Cultura Espírita. A programação de Divaldo Franco em Oslo encerrou-se com uma visita à sede do GEEAK Norge, em Oslo.




Diante da coerência das ideias espíritas, como a sociedade internacional vem reagindo a elas?

Considerando-se que o Espiritismo é uma doutrina que tem respostas, e a sociedade vive atormentada com perguntas, a reação tem sido favorável em toda parte, porquanto a lógica das propostas espíritas sensibiliza todos aqueles que delas tomam conhecimento.


E dessa forma, em nossas viagens, como esta, por 28 cidades de treze países europeus, somente temos recebido aplausos e aceitação. Nunca nos foi feita uma pergunta embaraçosa, que tivesse o caráter depreciativo ou mesmo combativo. A aceitação tem sido mais ampla porque, hoje, em várias áreas do conhecimento científico e tecnológico, os investigadores convergem para Deus e para a imortalidade da alma..




Existem já, nessa mesma sociedade, reações de grupos científicos quanto às ideias espíritas?

Que eu conheça, não. Existem nas áreas da engenharia genética, da física quântica, da psicologia transpessoal, estudiosos que estão tocados pelo encontro com Deus e com a imortalidade, e que vêm apresentando esses resultados em obras memoráveis como: A identidade de Deus, do Dr. Francis Collins, O Gene de Deus, do Dr. Dean Harmer, entre outras.




A penetração das ideias espíritas aumentará com a evolução da sociedade humana?

Sem a menor sombra de dúvida. Quanto mais lúcidos estamos, mais facilmente absorvemos as propostas luminosas do Espiritismo. E constatamos que, à medida que a ciência e a tecnologia abrem espaços, mais avançam as possibilidades doutrinárias do Espiritismo de criar núcleos nos diferentes países.




Qual a contribuição do Espiritismo nesse momento atual de mudança de paradigma?

Reapresentar o paradigma do Evangelho de Jesus. O amor a Deus, acima de todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo, o que equivale dizer, numa colocação psicológica, o autoamor, mediante a iluminação da consciência para amar o próximo e, por efeito, amar a Deus.




As pesquisas científicas caminham para a demonstração da existência da reencarnação e da mediunidade. Quais as consequências de tal comprovação para a humanidade?

Eu somente espero que contribuam de maneira eficaz para mudar os padrões ético-morais. Porque sabendo o indivíduo que ele é o construtor da sua felicidade como da sua desdita, graças aos renascimentos corporais, ele terá sempre muito discernimento mediante o qual, antes de agir, pensará nos efeitos que advirão. No entanto, quando me recordo que existem mais de 800 milhões de reencarnacionistas na Índia, no Paquistão, e que não mudaram a atitude agressiva perante a vida, preocupo-me e somente concebo que a reencarnação, sob o enfoque cristão, logrará modificar a sociedade.



O que deseja dizer com reencarnação sob o enfoque cristão?

A reencarnação no Budismo tem características muito específicas, porque o Budismo não se preocupa com Deus e não é uma religião, é uma filosofia. Entre os indianos a reencarnação é fatalista: praticou o mal tem que pagar. No Cristianismo, a reencarnação é edificante: o bem que se faz, anula o mal que se fez.




A globalização, com suas visões de economia e das questões ambientais, levarão a um governo mundial? Podemos sonhar com a substituição da competição pela colaboração?

É o meu maior anseio e a minha maior expectativa a desse encontro em que internacionalmente os governos convirjam para a solidariedade e a paz. E a grande crise de caráter econômico que se abate hoje sobre a humanidade é, socialmente, uma crise de caráter moral. Falamos muito de poluição, no entanto, a base da poluição é moral. É exatamente o desrespeito à vida e às leis que regem a natureza que geram estes efeitos danosos. Então acredito que, à medida que haja uma conscientização de deveres, a sociedade se tornará mais equânime, a justiça social mais factível e os governos mais justos.




As diferentes tradições religiosas podem convergir na construção de um tempo novo, de paz efetiva, para a humanidade?

Com toda segurança. Aliás, quando se perguntou a Allan Kardec se o Espiritismo seria a religião do futuro, ele respondeu que seria o futuro das religiões. Equivale dizer que os postulados de amor que existem em todas as doutrinas irão criar um clima de real fraternidade, de grande entendimento entre as criaturas, e todos compartilharemos da mesma paz, porquanto haverá o interesse geral pela felicidade das criaturas.




É verdade que nunca houve tanto amor no mundo?

Sucede que nós atingimos 6 bilhões e 600 milhões de criaturas, e é natural que graças aos veículos da mídia, que priorizam o escândalo e o crime, tenhamos a impressão de que a sociedade encontra-se quase num caos. E em razão dessa indiferença dos órgãos da mídia pelos exemplos de dignificação humana, o bem ainda não alcançou o seu lugar de destaque que merece na realidade sociológica da vida.


Mas, nunca houve tanta abnegação. Jamais tantos se preocuparam com outros tantos como neste dias. Basta que vejamos as Ong´s, as organizações dos médicos anônimos que percorrem os países pobres, as organizações como a ONU, a UNESCO, e tantas outras que privilegiam o bem, e constataremos que este é o período do amor, embora o eco da tragédia ainda grite muito alto.




E quais as consequências de todo este amor?

Que o mundo de provas e expiações atingirá a sua meta como mundo de regeneração nos próximos 30, 40 anos, conforme preveem os espíritos nobres.




Valéria Maciel, jornalista, residente em Oslo, Noruega.

Em 27.07.2009.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

POLITICA DIVINA


Política Divina
Texto extraído do livro "Vinha de Luz", Chico Xavier (Emmanuel)
"Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve." - Jesus. (LUCAS, 22:27.)

O discípulo sincero do Evangelho não necessita respirar o clima da política administrativa do mundo para cumprir o ministério que lhe é cometido.
O Governador da Terra, entre nós, para atender aos objetivos da política do amor, representou, antes de tudo, os interesses de Deus junto do coração humano, sem necessidade de portarias e decretos, respeitáveis embora.
Administrou servindo, elevou os demais, humilhando a si mesmo.
Não vestiu o traje do sacerdote, nem a toga do magistrado.
Amou profundamente os semelhantes e, nessa tarefa sublime, testemunhou a sua grandeza celestial.
Que seria das organizações cristãs, se o apostolado que lhes diz respeito estivesse subordinado a reis e ministros, câmaras e parlamentos transitórios?
Se desejas penetrar, efetivamente, o templo da verdade e da fé viva, da paz e do amor, com Jesus, não olvides as plataformas do Evangelho Redentor.
Ama a Deus sobre todas as coisas, com todo o teu coração e entendimento.
Ama o próximo como a ti mesmo.
Cessa o egoísmo da animalidade primitiva.
Faze o bem aos que te fazem mal.
Abençoa os que te perseguem e caluniam.
Ora pela paz dos que te ferem.
Bendize os que te contrariam o coração inclinado ao passado inferior.
Reparte as alegrias de teu espírito e os dons de tua vida com os menos afortunados e mais pobres do caminho.
Dissipa as trevas, fazendo brilhar a tua luz.
Revela o amor que acalma as tempestades do ódio.
Mantém viva a chama da esperança, onde sopra o frio do desalento.
Levanta os caídos.
Sê a muleta benfeitora dos que se arrastam sob aleijões morais.
Combate a ignorância, acendendo lâmpadas de auxílio fraterno, sem golpes de crítica e sem gritos de condenação.
Ama, compreende e perdoa sempre.
Dependerás, acaso, de decretos humanos para meter mãos à obra?
Lembra-te, meu amigo, de que os administradores do mundo são, na maioria das vezes, veneráveis prepostos da Sabedoria Imortal, amparando os potenciais econômicos,
passageiros e perecíveis do mundo; todavia, não te esqueças das recomendações traçadas no Código da Vida Eterna, na execução das quais devemos edificar o Reino Divino, dentro de nós mesmos.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

LEVANTAI OS OLHOS



"Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa." - Jesus. (JOÃO, 4:35.)

O mundo está cheio de trabalhos ligados ao estômago.
A existência terrestre permanece transbordando emoções relativas ao sexo.
Ninguém contesta o fundamento sagrado de ambos, entretanto, não podemos estacionar numa ou noutra expressão.
Há que levantar os olhos e devassar zonas mais altas. É preciso cogitar da colheita de valores novos, atendendo ao nosso próprio celeiro.
Não se resume a vida a fenômenos de nutrição, nem simplesmente à continuidade da espécie.
Laborioso serviço de iluminação espiritual requisita o homem.
Valiosos conhecimentos reclamam-no a esferas superiores.
Verdades eternas proclamam que a felicidade não é um mito, que a vida não constitui apenas o curto período de manifestações carnais na Terra, que a paz é tesouro
dos filhos de Deus, que a grandeza divina é a maravilhosa destinação das criaturas; no entanto, para receber tão altos dons é indispensável erguer os olhos, elevar o entendimento e santificar os raciocínios.
É imprescindível alçar a lâmpada sublime da fé, acima das sombras.
Irmão muito amado, que te conservas sob a divina árvore da vida, não te fixes tão somente nos frutos da oportunidade perdida que deixaste apodrecer, ao abandono... Não te encarceres no campo inferior, a contemplar tristezas, fracassos, desenganos!... Olha
para o alto! ... Repara as frondes imortais, balouçando-se ao sopro da Providência Divina!
Dá-te aos labores da ceifa e observa que, se as raízes ainda se demoram presas ao solo, os ramos viridentes, cheios de frutos substanciosos, avançam no Infinito, na direção dos Céus.

Emmanuel

(Do livro "Vinha de Luz" mediunidade de Francisco Xavier)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

NAO VIM DESTRUIR A LEI




As três revelações: Moisés, Cristo, Espiritismo. Aliança da Ciência e da Religião.



Instruções dos Espíritos: A nova era.


1. Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas: não os vim destruir, mas cumpri-los: - porquanto, em verdade vos digo que o céu e a Terra não passarão, sem que tudo o que se acha na lei esteja perfeitamente cumprido, enquanto reste um único iota e um único ponto.
(S. MATEUS, cap. V, vv. 17 e 18.)

Moisés

2. Na lei moisaica, há duas partes distintas: a lei de Deus, promulgada no monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, decretada por Moisés. Uma é invariável; a outra, apropriada aos costumes e ao caráter do povo, se modifica com o tempo.

A lei de Deus está formulada nos dez mandamentos seguintes:

I. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis, diante de mim, outros deuses estrangeiros.

- Não fareis imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima do céu, nem embaixo na Terra, nem do que quer que esteja nas águas sob a terra. Não os adorareis e não lhes prestareis culto soberano. (¹)

II. Não pronunciareis em vão o nome do Senhor, vosso Deus.

III. Lembrai-vos de santificar o dia do sábado.

IV. Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará.

V. Não mateis.

VI. Não cometais adultério.

VII. Não roubeis.

VIII. Não presteis testemunho falso contra o vosso próximo.

IX. Não desejeis a mulher do vosso próximo.

X. Não cobiceis a casa do vosso próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu asno, nem qualquer das coisas que lhe pertençam.

É de todos os tempos e de todos os países essa lei e tem, por isso mesmo, caráter divino. Todas as outras são leis que Moisés decretou, obrigado que se via a conter, pelo temor, um povo de seu natural turbulento e indisciplinado, no qual tinha ele de combater arraigados abusos e preconceitos, adquiridos durante a escravidão do Egito. Para imprimir autoridade às suas leis, houve de lhes atribuir origem divina, conforme o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos. A autoridade do homem precisava

(1) Allan Kardec cita a parte mais importante do primeiro mandamento, e deixa de transcrever as seguintes frases: “... porque eu, o Senhor vosso Deus, sou Deus zeloso, que puno a iniquidade dos pais nos filhos, na terceira e na quarta gerações daqueles que me aborrecem, e uso de misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos." - (ÊXODO, XX, 5 e 6.)

Nas traduções feitas pelas Igrejas católica e protestantes, essa parte do mandamento foi truncada para harmonizá-la com a doutrina da encarnação única da alma. Onde está "na terceira e na quarta gerações", conforme a tradução Brasileira da Bíblia, a Vulgata Latina (in tertiam et quartam generationem), a tradução de Zamenhof (en la tria kaj kvara generacioj), mudaram o texto para "até à terceira e quarta gerações".

Esses textos truncados que aparecem na tradução da Igreja Anglicana, na Católica de Figueiredo, na Protestante de Almeida e outras, tornam monstruosa a justiça divina, pois que filhos, netos, bisnetos, tetranetos inocentes teriam de ser castigados pelo pecado dos pais, avós, bisavós, tetravós.

Foi uma infeliz tentativa de acomodação da Lei à vida única. - A Editora da FEB, 1947.

NÃO VIM DESTRUIR A LEI

apoiar-se na autoridade de Deus; mas, só a idéia de um Deus terrível podia impressionar criaturas ignorantes, em as quais ainda pouco desenvolvidos se encontravam o senso moral e o sentimento de uma justiça reta. E evidente que aquele que incluíra, entre os seus mandamentos, este: “Não matareis; não causareis dano ao vosso próximo", não poderia contradizer-se, fazendo da exterminação um dever. As leis moisaicas, propriamente ditas, revestiam, pois, um caráter essencialmente transitório.