domingo, 28 de março de 2010

ALGUMA COISA




"Não necessitam de médico os que estão sãos, mas sim os que estão enfermos." - Jesus. (LUCAS, 5:31.)


Quem sabe ler, não se esqueça de amparar o que ainda não se alfabetizou.
Quem dispõe de palavra esclarecida, ajude ao companheiro, ensinando-lhe a ciência da frase correta e expressiva.
Quem desfruta o equilíbrio orgânico não despreze a possibilidade de auxiliar o doente.
Quem conseguiu acender alguma luz de fé no próprio espírito, suporte com paciência o infeliz que ainda não se abriu a mínima noção de responsabilidade perante o Senhor, auxiliando-o a desvencilhar-se das trevas.
Quem possua recursos para trabalhar, não olvide o irmão menos ajustado ao serviço, conduzindo-o, sempre que possível, a atividade digna.
Quem estime a prática da caridade, compadeça-se das almas endurecidas, beneficiando-as com as vibrações da prece.
Quem já esteja entesourando a humildade não se afaste do orgulhoso, conferindo-lhe, com o exemplo, os elementos indispensáveis ao reajuste.
Quem seja detentor da bondade não recuse assistência aos maus, de vez que a maldade resulta invariavelmente da revolta ou da ignorância.
Quem estiver em companhia da paz, ajude aos desesperados.
Quem guarde alegria.. divida a graça do contentamento com os tristes.
Asseverou o Senhor que os sãos não precisam de médico, mas,’ sim, os enfermos.
Lembra-te dos que transitam no mundo entre dificuldades maiores que as tuas.
A vida não reclama o teu sacrifício integral, em favor dos outros, mas, a benefício de ti mesmo, não desdenhes fazer alguma coisa na extensão da felicidade comum.



Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

quarta-feira, 24 de março de 2010

A ERA NOVA


Era Nova de divulgação do Reino de Deus



Filhos da alma!

Que Jesus nos abençoe.

Soam, na Espiritualidade Superior, os clarins que anunciam a grande transição.

Nem tudo, porém, são trevas e sofrimentos. Não apenas testemunhos de lágrimas em holocaustos novos, homenageando o Senhor da Vida.

A misericórdia do Amor enseja-nos a madrugada de luz, caracterizada por um festival de bênçãos.

Desde há muito, não se observam expectativas abençoadas como as que se desenham para o futuro. Era Nova de divulgação do Reino de Deus nos corações ansiosos de paz. Momento significativo de comunhão entre a Terra e os Céus. As falanges do Amor confraternizam com os emissários da caridade mergulhados na indumentária carnal.

Indispensável que nos predisponhamos todos, desencarnados e encarnados, a esta comunhão efetiva em que o mundo transcendente e a vida imanente no planeta terrestre se hão cansado de perseguições e de angústias, de sombras e de amarguras.

Neste momento, cabe-nos recordar as Boas Novas de alegria que, chegando à Terra por segunda vez, se instalarão por definitivo no país das almas humanas, favorecendo-as com a paz anelada.

Mantende-vos fiéis aos postulados da Codificação Espírita que restaura em sua pulcritude a mensagem de Jesus. Esforçai-vos para que daqui saiam as claridades diamantinas do Evangelho em espírito e verdade a espalhar-se pela nacionalidade brasileira nos próximos festivos dias de gratidão e de exaltação ao incomparável Mestre galileu. E, das terras formosas do Cruzeiro, espraiem-se as notícias libertadoras por toda a Terra, iniciando verdadeiramente o período novo.

Conheceis, graças às cicatrizes na alma, as dificuldades que defluem da longa jornada pelos difíceis caminhos da renovação espiritual. Trazeis as marcas profundas dos erros praticados, agora diluídas suavemente com os sublimes antídotos do Evangelho libertador.

Sede fiéis àqueles que, em nome de Jesus, prepararam estes caminhos para que pudésseis percorrê-los.

Não temais o mal, por mais se afigure aparvalhante, por mais complexas e traiçoeiras sejam as suas armadilhas, porquanto, somente lobos caem nos alçapões para lobos. E, porque estais no rebanho do Senhor, Ele cuidará para que não tombeis nessas facilidades perturbadoras.

Os Espíritos, encarregados de dirigir a nacionalidade brasileira, acompanham o momento político e social da Pátria do Evangelho e Jesus está no leme da barca terrestre. Não duvideis, mesmo quando tudo parece conspirar contra a ordem, a legalidade, o dever. As Vozes dos Céus proclamam a Ordem Superior e mandam que desçam, às sombras terrestres, os Emissários da Verdade para a grande restauração.

Sois os abridores dos caminhos do porvir, como outros o fizeram para vós.

Exultai por viverdes estes gloriosos dias da Humanidade, de ciência, de tecnologia de ponta, de conquistas da inteligência e de despertamento das emoções nobres do chavascal das paixões perturbadoras. Pedistes para renascer nesta hora de desafio e recebestes a bússola para vos oferecer o norte magnético, que é Jesus.

Prossegui, filhos da alma, jubilosos, vigilantes e devotados, porque o amanhã vos pertence, porque pertence ao incomparável Rabi da Galileia.

Nós, os Espíritos espíritas, integrando as hostes do Evangelho, abraçamos os vossos sentimentos, as vossas vidas, buscando suplicar ao Pai Celestial que vos aureole com as bênçãos imarcescíveis da saúde integral e da paz.

Que Ele, o guia e o modelo da Humanidade a todos nos abençoe!

São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre.

Bezerra.

Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, no encerramento da Reunião Ordinária do Conselho Federativo Nacional, realizada na sede da Federação Espírita Brasileira, em Brasília, DF, na manhã de 8 de novembro de 2009.

Em 12.02.2010.

sexta-feira, 19 de março de 2010

A ESMOLA MAIOR





No estudo da caridade, não olvides a esmola maior que o dinheiro não consegue realizar.
Ela é o próprio coração a derramar-se, sublime, irradiando o amor por sol envolvente da vida.
No lar, ela surge no sacrifício silencioso da mulher que sabe exercer o perdão sem alarde para com as faltas do companheiro, na renúncia materna do coração que se oculta, divino, aprendendo a morrer cada dia, para que a paz e a segurança imperem no santuário doméstico, no homem nobre e reto que desculpa as defecções da esposa enganada sem cobrar-lhe tributos de aflição, nos filhos laboriosos e afáveis que procuram retribuir em ternura incessante para com os pais sofredores as dívidas do berço que todo ouro da Terra não conseguiria jamais resgatar...
No ambiente do serviço profissional é o esquecimento espontâneo das ofensas entre os que dirigem e os que obedecem, tanto quanto o concurso desinteressado e fraterno dos companheiros que sabem sorrir nas horas graves, ofertando cooperação e bondade para que o estímulo ao bem seja o clima de quantos lhes comungam a experiência...
No campo social é a desistência da pergunta maliciosa, a abstenção dos pensamentos indignos, o respeito sincero e constante, a frase amiga e generosa e o gesto de compreensão que se exprime sem paga...
Na via pública é a gentileza que ninguém pede, a simplicidade que não magoa, a saudação de simpatia ainda mesmo inarticulada e a colaboração imprevista que o necessitado espera de nós muita vez sem coragem de alongar-nos qualquer apelo...
Acima de tudo, lembra-te da esmola maior de todas, da esmola santa que pacifica o ambiente em que o Senhor nos situa, que nos honra os familiares e enriquece de bênçãos o ânimo dos amigos – a esmola de nosso dever bem cumprido, porquanto, no dia em que todos nos consagrarmos, ao fiel desempenho de nossas próprias obrigações, o anjo da caridade não precisará desfalecer de angústia nos cárceres da miséria terrena, de vez que a fraternidade pura estará reinando conosco na celeste exaltação da perfeita alegria.


Do livro "Marcas do Caminho" psicografia do medium Francisco Cândido Xavier, ditado por Emmanuel (Espírito).

quinta-feira, 18 de março de 2010

TERAPIA DA PRECE




Recurso valioso para todo momento ou necessidade, a oração encontra-se ao alcance de quem deseja paz e realização, alterando para melhor os fatores que fomentam a vida e facultam o seu desenvolvimento.



A oração é o instrumento pelo qual a criatura fala a Deus, e a inspiração lhe chega na condição de divina resposta.



Quando alguém ora, luariza a paisagem mental e inunda-se de paz, revitalizando os fulcros da energia mantenedora da vida.



A oração sincera, feita de entrega íntima a Deus, desenvolve a percepção de realidades normalmente não detectadas, que fazem parte do mundo extrafísico.



O ser material é condensação do energético, real, transitoriamente organizado em complexos celulares para o objetivo essencial da evolução. Desarticulando-se, ou sofrendo influências degenerativas, necessita de reparos nos intrincados mecanismos vibratórios, de modo a recompor-se, reequilibrar-se e manter a harmonia indispensável, para alcançar a finalidade a que se destina.



*



O psiquismo que ora, consegue resistências no campo de energia, que converte em forças de manutenção dos equipamentos nervosos funcionais da mente e do corpo.



A oração induz à paz e produz estabilidade emocional, geradora de saúde integral.



A mente que ora, sintoniza com as Fontes da Vida, enriquecendo-se de forças espirituais e lucidez.



Terapia valiosa, a oração atrai as energias refazentes que reajustam moléculas orgânicas no mapa do equilíbrio físico, ao tempo que dinamiza as potencialidades psíquicas e emocionais, revigorando o indivíduo.



Quando um enfermo ora, recebe valiosa transfusão de forças, que vitalizam os leucócitos para a batalha da saúde e sustentação dos campos imunológicos, restaurando-lhes as defesas.



*



O indivíduo é sempre o resultado dos pensamentos que elabora, que acolhe e que emite.



O pessimista autodestrói-se, enquanto o otimista auto-sustenta-se.



Aquele que crê nas próprias possibilidades desenvolve-as, aprimora-as e maneja-as com segurança.



Aqueloutro que duvida de si mesmo e dos próprios recursos, envolvendo-se em psicosfera perturbadora, desarranja os centros de força e exaure-se, especialmente quando enfermo. Assemelha-se a uma vela acesa nas duas extremidades, que consome duplamente o combustível que sustenta a luz, até sua extinção.



A mente que se vincula à oração ilumina-se sem desprender vitalidade, antes haurindo-a, e mais expandindo a claridade que possui.



Envolvendo-se nas irradiações da oração a que se entregue, logrará o ser enriquecer-se de saúde, de alegria e paz, porquanto a oração é o interfone poderoso pelo qual ele fala a Deus, e por cujo meio, inspirado e pacificado, recebe a resposta do Pai.



Ao lado, portanto, de qualquer terapia prescrita, seja a oração a de maior significado e a mais simples de ser utilizada.




Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis

Da obra: Momentos Enriquecedores - Divaldo Pereira Franco

quarta-feira, 17 de março de 2010

QUEM LÊ, ATENDA





Quem lê, atenda -- Jesus (Mateus 24:15)


Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.
Frequentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.
Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.
O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.
Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.
A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.
É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.
O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

(Psicografia do médium Francisco Cândido Xavier
Mensagem transmitida pelo Espírito Emmanuel. Do livro: Vinha de Luz)

sábado, 13 de março de 2010

SERVIR SEMPRE


Dever-se-á pôr termo às provas do próximo?
27. Deve alguém por termo às provas do seu próximo quando o possa,
ou deve, para respeitar os desígnios de Deus, deixar que sigam seu curso?

Já vos temos dito e repetido muitíssimas vezes que estais nessa Terra de expiação para concluirdes as vossas provas e que tudo que vos sucede é conseqüência das vossas existências anteriores, são os juros da divida que tendes de pagar. Esse pensamento, porém, provoca em certas pessoas reflexões que devem ser combatidas, devido aos funestos efeitos que poderiam determinar.

Pensam alguns que, estando-se na Terra para expiar, cumpre que as provas sigam seu curso. Outros há, mesmo, que vão até ao ponto de julgar que, não só nada devem fazer para as atenuar, mas que, ao contrário, devem contribuir para que elas sejam mais proveitosas, tornando-as mais vivas. Grande erro. E certo que as vossas provas têm de seguir o curso que lhes traçou Deus; dar-se-á, porém, conheçais esse curso? Sabeis até onde têm elas de ir e se o vosso Pai misericordioso não terá dito ao sofrimento de tal ou tal dos vossos irmãos: "Não irás mais longe?" Sabeis se a Providência não vos escolheu, não como instrumento de suplício para agravar os sofrimentos do culpado, mas como o bálsamo da consolação para fazer cicatrizar as chagas que a sua justiça abrira? Não digais, pois, quando virdes atingido um dos vossos irmãos: "E a justiça de Deus, importa que siga o seu curso. Dizei antes: "Vejamos que meios o Pai misericordioso me pôs ao alcance para suavizar o sofrimento do meu irmão. Vejamos se as minhas consolações morais, o meu amparo material ou meus conselhos poderão ajudá-lo a vencer essa prova com mais energia, paciência e resignação. Vejamos mesmo se Deus não me pôs nas mãos os meios de fazer que cesse esse sofrimento; se não me deu a mim, também como prova, como expiação talvez, deter o mal e substitui-lo pela paz."

Ajudai-vos, pois, sempre, mutuamente, nas vossas respectivas provações e nunca vos considereis instrumentos de tortura. Contra essa idéia deve revoltar-se todo homem de coração, principalmente todo espírita, porquanto este, melhor do que qualquer outro, deve compreender a extensão infinita da bondade de Deus. Deve o espírita estar compenetrado de que a sua vida toda tem de ser um ato de amor e de devotamento; que, faça ele o que fizerpara se opor às decisões do Senhor, estas se cumprirão. Pode, portanto, sem receio, empregar todos os esforços por atenuar o amargor da expiação, certo, porém, de que só a Deus cabe detê-la ou prolongá-la, conforme julgar conveniente.

Não haveria imenso orgulho, da parte do homem, em se considerar no direito de, por assim dizer, revirar a arma dentro da ferida? De aumentar a dose do veneno nas vísceras daquele que está sofrendo, sob o pretexto de que tal é a sua expiação? Oh! considerai-vos sempre como instrumento para fá-la cessar. Resumindo: todos estais na Terra para expiar; mas, todos, sem exceção, deveis esforçar-vos por abrandar a expiação dos vossos semelhantes, de acordo com a lei de amor e caridade. - Bernardino, Espírito protetor. (Bordéus, l863.)


O Evangelho Segundo o Espiritismo
Allan Kardec

quinta-feira, 4 de março de 2010

MEDIUNIDADE RESPONSAVEL


Mediunidade Responsável*

*Terrorismo de natureza mediúnica*

*Sutilmente vai-se popularizando uma forma lamentável de revelação
mediúnica, valorizando as questões perturbadoras que devem receber
tratamento especial, ao invés de divulgação popularesca de caráter
apocalíptico.
Existe um atavismo no comportamento humano em torno do Deus temor
que Jesus desmistificou, demonstrando que o Pai é todo Amor, e que o
Espiritismo confirma através das suas excelentes propostas filosóficas e
ético-morais, o qual deve ser examinado com imparcialidade.
Doutrina fundamentada em fatos, estudada pela razão e lógica, não
admite em suas formulações esclarecedoras quaisquer tipos de superstições,
que lhe tisnariam a limpidez dos conteúdos relevantes, muito menos ameaças
que a imponham pelo temor, como é habitual em outros segmentos religiosos.
Durante alguns milênios o medo fez parte da divulgação do Bem,
impondo vinganças celestes e desgraças a todos aqueles que discrepassem dos
seus postulados, castrando a liberdade de pensamento e submetendo ao tacão
da ignorância e do primitivismo cultural as mentes mais lúcidas e
avançadas...
O Espiritismo é ciência que investiga e somente considera aquilo
que pode ser confirmado em laboratório, que tenha caráter de revelação
universal, portanto, sempre livre para a aceitação ou não por aqueles que
buscam conhecer-lhe os ensinamentos. Igualmente é filosofia que esclarece e
jamais apavora, explicando, através da Lei de Causa e Efeito, quem somos, de
onde viemos, para onde vamos, porque sofremos, quais são as razões das penas
e das amarguras humanas... De igual maneira, a sua ética-moral é totalmente
fundamentada nos ensinamentos de Jesus, conforme Ele os enunciou e os viveu,
proporcionando a religiosidade que integra a criatura na ternura do seu
Criador, sendo de simples e fácil formulação.
Jamais se utiliza das tradições míticas greco-romanas, quais as das
Parcas, sempre tecendo tragédias para os seres humanos, ou de outras
quaisquer remanescentes das religiões ortodoxas decadentes, algumas das
quais hoje estão reformuladas na apresentação, mantendo, porém, os mesmos
conteúdos ameaçadores. De maneira sistemática e contínua, vêm-se tornando
comuns algumas pseudorrevelações alarmantes, substituindo as figuras
mitológicas de Satanás, do Diabo, do Inferno, do Purgatório, por Dragões,
Organizações demoníacas, regiões punitivas atemorizantes, em detrimento do
amor e da misericórdia de Deus que vigem em toda parte.
Certamente existem personificações do Mal além das fronteiras
físicas, que se comprazem em afligir as criaturas descuidadas, assim como
lugares de purificação depois das fronteiras de cinza do corpo somático,
todos, no entanto, transitórios, como ensaios para a aprendizagem do Bem e
sua fixação nos painéis da mente e do comportamento.
O Espiritismo ressuscita a esperança e amplia os horizontes do
conhecimento exatamente para facultar ao ser humano o entendimento a
respeito da vida e de como comportar-se dignamente ante as situações
dolorosas. As suas revelações objetivam esclarecer as mentes, retirando a
névoa da ignorância que ainda permanece impedindo o discernimento de muitas
pessoas em torno dos objetivos essenciais da existência carnal.
Da mesma forma como não se deve enganar os candidatos ao estudo
espírita, a respeito das regiões celestes que os aguardam, desbordando em
fantasias infantis, não é correto derrapar nas ameaças em torno de fetiches,
magias e soluções miraculosas para os problemas humanos, recorrendo-se ao
animismo africanista, de diversos povos e às suas superstições. No passado,
em pleno período medieval, as crenças em torno dos fenômenos mediúnicos
revestiam-se de místicas e de cerimônias cabalísticas, propondo a libertação
dos incautos e perversos das situações perniciosas em que transitavam.
O Espiritismo, iluminando as trevas que permanecem dominando
incontáveis mentes, desvela o futuro que a todos aguarda, rico de bênçãos e
de oportunidades de crescimento intelecto-moral, oferecendo os instrumentos
hábeis para o êxito em todos os cometimentos.
A sua psicologia é fértil de lições libertadoras dos conflitos que
remanescem das existências passadas, de terapêuticas especiais para o
enfrentamento com os adversários espirituais que procedem do ontem
perturbador, de recursos simples e de fácil aplicação.
A simples mudança mental para melhor proporciona ao indivíduo a
conquista do equilíbrio perdido, facultando-lhe a adoção de comportamentos
saudáveis que se encontram exarados em O Evangelho segundo o Espiritismo, de
Allan Kardec, verdadeiro tratado de eficiente psicoterapia ao alcance de
todos que se interessem pela conquista da saúde integral e da alegria de
viver.
Após a façanha de haver matado a morte, o conhecimento do
Espiritismo faculta a perfeita integração da criatura com a sociedade,
vivendo de maneira harmônica em todo momento, onde quer que se encontre,
liberada de receios injustificáveis e sintonizada com as bênçãos que defluem
da misericórdia divina.
A mediunidade, desse modo, a serviço de Jesus, é veículo de luz,
de seriedade, dignificando o seu instrumento e enriquecendo de esperança e
de felicidade todos aqueles que se lhe acercam.
Jamais a mediunidade séria estará a serviço dos Espíritos
zombeteiros, levianos, críticos contumazes de tudo e de todos que não anuem
com as suas informações vulgares, devendo tornar-se instrumento de conforto
moral e de instrução grave, trabalhando a construção de mulheres e de homens
sérios que se fascinem com o Espiritismo e tornem as suas existências úteis
e enobrecidas.
Esses Espíritos burlões e pseudossábios devem ser esclarecidos e
orientados à mudança de comportamento, depois de demonstrado que não lhes
obedecemos, nem lhes aceitamos as sugestões doentias, mentirosas e
apavorantes com as histórias infantis sobre as catástrofes que sempre
existiram, com as informações sobre o fim do mundo, com as tramas intérminas
a que se entregam para seduzir e conduzir os ingênuos que se lhes submetem
facilmente...
O conhecimento real do Espiritismo é o antídoto para essa onda de
revelações atemorizantes, que se espalha como um bafio pestilencial,
tentando mesclar-se aos paradigmas espíritas que demonstraram desde o seu
surgimento a legitimidade de que são portadores, confirmando o Consolador
que Jesus prometeu aos seus discípulos e se materializou na incomparável
Doutrina.
Ante informações mediúnicas desastrosas ou sublimes, um método
eficaz existe para a avaliação correta em torno da sua legitimidade, que é a
universalidade do ensino, conforme estabeleceu o preclaro Codificador.
Desse modo, utilizando-se da caridade como guia, da oração como
instrumento de iluminação e do conhecimento como recurso de libertação, os
adeptos sinceros do Espiritismo não se devem deixar influenciar pelo moderno
terrorismo de natureza mediúnica, encarregado de amedrontar, quando o
objetivo máximo da Doutrina é libertar os seus adeptos, a fim de os tornar
felizes.*

*Vianna de Carvalho*

*(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no dia 7 de
dezembro de 2009, durante o período de realização do XVII Congresso Espírita
Nacional, em Calpe, Espanha.)*