domingo, 14 de dezembro de 2008

Augusto Instante


AUGUSTO INSTANTE

“A imortalidade é uma coisas que nos importa tanto, que
nos toca tão profundamente, que é preciso ter perdido o senso, para ser indiferente, em saber o que realmente é, o que significa.” – Blaise Pascal.

Perguntaram ao Dalai Lama:

“O que mais te surpreende?”

E ele respondeu:

“Os Homens, porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fosse morrer; E morrem como se nunca tivesse vivido.”

“Não atentemos nós nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem; porque as coisas que se vêem são temporais, e as que não se vêem são eternas” (Paulo 2 Coríntios 4: 18).

É notável realmente os rumos que toma o mundo, nas profundas mudanças climáticas, geográficas, sociais, econômicas financeiras e porque não dizer no seu aspecto bio-psíquico-sócio-fiolosófico-religioso!
Os quatro cantos do mundo está a balançar e o pobre homem não tem uma explicação racional para os acontecimentos que se globalizam como nunca na história mais recente deste milênio cujos primeiros oito anos sacode todo o orbe terrestre em profundas indagações, enquanto as lunetas do Telescópio Huble vasculham o infinito em busca de outros planetas, principalmente os de semelhança com a nossa adorada Terra. O Homem ansioso indaga se é possível a vida em outros sistemas dada a comprovada existência de infinitas esferas oscilando em torno de infinitos sóis pelas infinitas direções dos continentes siderais, dentro desse Universo de Deus! Que é a vida? Quem somos nós e o que estamos fazendo neste orbe enquanto prisioneiros pela gravidade ao seu centro magnético!? Somos a mente e a mente não é prisioneira de nada; a mente é volátil, é viajante cósmica, pois o corpo não a detém o que fez Sócrates a dizer ao carcereiro, que queria que aquele sábio não fosse abatido pela cicuta porque não era entendido pois falava de coisas incompreensíveis a respeito do universo e da vida; mas o sábio recusava-se a fugir da cela afirmando: Eu não vou fugir pois não temo à morte e na verdade eu não estou preso, pois eu sou o pensamento e vou longe, vago pelo universo e eles podem alcançar ao meu corpo mas nunca a mim mesmo, eu não estou preso como pensais! Em 1989, após a derrubada do muro de Berlim, o então a sua eminência o papa João Paulo II faz o seguinte questionamento a respeito do fim do comunismo soviético: É verdade que o mundo dá um passo para a frente, mas estará tudo resolvido!?
E como fica o bloco capitalista?. E prossegue agora filosoficamente dentro do aspecto religioso a respeito da finalidade da existência na Terra: Afinal ainda não foi respondidas às questões a respeito de quem somos, de onde viemos e para onde vamos! E é verdade dentro dos conceitos da ciência que ainda está imatura para buscar o que é imponderável, e por isso mesmo não pode ser medido, nem pesado dentro do laboratório das oficinas que trabalha o que tem massa e é físico. A mente extrapola tudo, pois que é o Espírito e cuja existência tem a ver com as observações do Padre Antônio Vieira: quereis saber o que é a vida, ou o que é o Espírito, observe alguém cujo Espírito evadiu-se!
O Homem ainda alienado das verdades eternas, contorce-se, desespera-se e ver que o mundo material não lhe permite alcançar a felicidade que tanto almeja e sonha encontrar. Entretanto, o incomparável Jesus de Nazaré pode afirmar que veio para que tivéssemos vida, mas vida em abundância! Foi ele quem nos tranqüilizou dizendo: “ Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte” (João 8: 51). A palavra de Jesus é a representação do “caminho, da verdade e da vida”(Jô 14: 6), é a força que impele para o crescimento, para o aprimoramento moral, para a espiritualização!
Desta maneira é o sentido do pensamento de Pascal, ao argumentar que se impressiona com a indiferença dos homens com relação a vida futura, que prossegue depois da vida física, neste mundo, onde o Espírito é apenas prisioneiro das imperfeições, precisando trabalhar a pedra bruta de si mesmo, tornando leve e imponderável o corpo espiritual, para levitar pós a morte do arquipélago celular, e não da vida, que sendo o Espírito naturalmente transcende!
De igual forma, o líder espiritual Dalai Lama, também surpreende-se que os homens na preocupação em juntar dinheiro, no final da vida gasta o mesmo para recuperar a saúde, não aproveitando com isso os dias na Terra para aprender a viver os dias eternos no Cosmos tendo “vida, mas vida em abundância” conforme as promessas de Jesus Cristo.
Muita paz

sábado, 13 de dezembro de 2008

Ser Espírito


O entendimento do ser espiritual é de grande importância para o despertar, o acordar e o fortalecer dos ideais de um Espírito dentro de seus compromissos assumidos como proposta evolutiva.
O que é o Espírito?
“O princípio inteligente do Universo. Com a linguagem. não é fácil de ser analisado. Porque o Espírito não é uma coisa palpável”. (L.E. perg. 23)
O Espirito, por sua essência espiritual, é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter uma ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. É semi-material esse envoltório, isso é, pertence à matéria por sua origem e à espiritualidade pela sua natureza etérea. (Gênese- cap. XI).
Sua natureza confunde-se com a natureza divina. A vida emana do Espírito imortal, é nele que vamos dar o enfoque central de todo o trabalho e é para ele que vai convergir nosso esforço de acordá-lo conscientemente, para que perceba, compreenda suas variadas formas de apresentação, faculdades e desequilíbrios, que se manifestam nessa escola regeneradora de almas que é a Terra.
Para estudar o Espírito, compreendê-lo e educá-lo é de fundamental importância que se compreendam sua natureza, seus compromissos e as conseqüências futuras de seus atos.
Compreender o ser espiritual é conhecer profundamente o que é ser Espírito, sua formação energética, sua dimensão, sua manifestação física ou extrafísica, sua ambientação nos diversos mundos do Universo.
É desvendar necessidades evolutivas e descobrir quais são os mecanismos envolvidos para desenvolver as potencialidades que marcam o nível de evolução perante sua construção mais íntima e que são conhecidas como personalidade do ser espiritual.
A visão centrada na manifestação física do Espírito dificulta o entendimento de sua transcendência, que é o fator mais importante. Enquanto não houver uma plena conscientização de que a vida está centrada no Espírito, sendo ele o planejador de sua existência, não há como mudar o pensamento, o sentimento e os atos que geram dificuldades e perturbações.
Grandes são os estágios que promovem o acordar do Espírito criado por Deus, dotado de inteligência, razão e sentimentos. Sua constituição intrínseca não nos é dado saber ou compreender. Traz o Espírito em forma latente o pensamento, a vontade e a consciência.
Tudo vai desabrochando à medida que o Espírito vai deparando com as oportunidades existenciais que lhe propiciam sensações, estímulos das mais variadas formas, que lhe dão o direito de participar, experimentar e sentir.
Esses estágios são progressivos, vão sendo trabalhados durante milhares de anos, passando o Espírito por períodos mais curtos e mais longos, dependendo do meio e dos estímulos que recebe.
Nesse experimentar, através das primeiras sensações, vai o Espírito desenvolvendo sua inteligência, fazendo aparecer a razão. Na vontade de acertar, defender, alimentar-se, construir, amparar, vai o Espírito experimentando oportunidades que lhe garantem o progresso.
Essas formas intrínsecas e naturais dão ao ser espiritual características individuais que, aos poucos, vão sendo conhecidas como personalidade do Espírito. Isso aos poucos vai definindo os novos compromissos abraçados pelo Espírito perante sua natureza íntima, que renova e transforma mediante os atos que ele programa.
Todas as manifestações do Espírito são definições do comportamento desse ser que inicia ou desenvolve suas características modificando a personalidade em seu todo.
As diversas metas evolutivas, vão permitir ao Espírito aos pouco alcançar os domínios do discernimento, sentindo as vibrações de alegria ou de tristeza perante os atos realizados.
Esse trabalho lento, porém operoso, desenvolvido durante tantos milênios, dá ao Espírito condições de avançar e exemplificar.
Entre as idas e voltas ao mundo espiritual, ou seja, reencarnando-se e desencarnando-se, vai desenvolvendo e compreendendo suas potencialidades, interrelacionando-as entre as sucessivas existências e manifestando sua ação progressiva quando encarnado, ou seja, Espírito/Homem.
Compreendendo o pensamento como potencialidade maior a ser trabalhada junto com a vontade, vai o Espírito definindo seus compromissos impulsionado com um querer que lhe dará condições de avançar: É o estado de discernimento, que o Espírito passa a perceber e sentir.
O pensamento, movimentando uma energia de vibrações, fortalece toda a estrutura energética, dando ao cérebro físico melhores condições de ser receptor e transmissor dos estímulos.
A vontade, fortalecida por vibrações que promovem o armazenamento de novas energias, passa a dar ao pensamento uma vibração harmoniosa, que lhe permite sentir as ações do bem, de forma que passa a intensificá-lo.
A natureza dessas vibrações está intimamente ligada ao meio e às condições evolutivas do Espírito, que demonstra isso através de seu pensamento, de sua conduta, de sua moralidade.
As energias do Espírito, são perfeitamente modificadas pelo seu esforço, pelo seu conhecimento, por suas práticas, que vão definir sua evolução e crescimento.
A preocupação de Jesus para com a Humanidade foi justamente essa, a de ser Mestre para ensinar o Espírito a se descobrir e a crescer, dando as diretrizes que viriam modificar as ações mentais construtoras das energias que vinculam aos sentimentos do Espírito.
Esse elo entre Jesus e a Humanidade é de ordem energética, é um fluxo de força reparadora e construtora na intimidade do ser espiritual. Por isso, não se pode viver sem a verdade.
O Evangelho do Mestre passa a ser compreendido como formas norteadoras e consoladoras do Espírito. Ele promove o desejo de avançar, desperta os sentimentos, vibra a razão, manifesta a vontade, dando o sinal que impulsiona o Espírito a mudar, a construir outros pensamentos, outros atos. Assim repercute no Espírito a ação de acordar, de despertar.
Nessa busca de afirmação e de conscientização, que nos torna peregrinos da compreensão do Evangelho, fonte inspiradora de nossos acertos, meta que procuramos atingir, alimentados pelo desejo de estar com Jesus, o Espírito define seus compromissos como opção maior de aproximação do Mestre.
Deus, como Pai, permite-lhe o tempo necessário para essa aproximação. Surgem assim os Espíritos que compreendem a finalidade da vida e que auxiliam no entendimento dessa verdade aqueles que não conseguiram se definir e permanecer nos ideais maiores que já vislumbraram e não perseveraram.
Surge o ser espiritual lúcido, consciente que, encarnado, aparece como trabalhador sincero, fiel aos ensinamentos de Jesus, com pensamentos firmes, fortes e posturas definidas.
Nesse avançar do entendimento, percebe o Espírito sair das grades de sua prisão, conquistando os valores nobres do pensamento, trocando as grades mentais pelas asas da liberdade que tanto anseia.
No campo do compromisso, sabemos que o Espírito, viajor eterno, a cada momento que retorna ao Plano Espiritual, revê num acerto profundo toda sua vida. Ao analisar esse acerto, pode sentir o avanço, como também a estagnação. A cada etapa vencida, modificações grandiosas vão se operando na intimidade da construção energética do Espírito.
Cada programação a ser realizada é uma nova oportunidade de avançar, de crescer. Com vontade de acertar, abraça novos compromissos, reestruturando-se para avançar. Esse compromisso é planejado perante as necessidades do Espírito e sua capacidade de atuação em desenvolver suas potencialidades a ponto de grandes transformações.
São esses compromissos que vão garantir o êxito de sua evolução, tendo de ser despertados pelo pensamento vibrante de servir Jesus. Quanto mais cedo o Espírito recebe esse sinalizador, mais rápido é o despertar para o trabalho. Nesse mecanismo sublime de assumir propostas e definir tarefas, é auxiliado pelos Espíritos que são responsáveis pelo seu caminhar evolutivo.
Compromisso é uma escolha, uma opção gerando conseqüências múltiplas para o ser espiritual, por isso conclama amparo e ajuda constante.
Alimentado pela vontade de crescer e evoluir surge o desejo maior, o de auxiliar o outro conforme tem sido auxiliado. Percebe-se, portanto, que os fatos que buscam seu planejamento e definem seus compromissos estão assentados nas múltiplas existências do Espírito.
O compromisso é um contrato que fazemos para realizar algo com alguém, visando a um fim comum, que é o crescimento moral de cada ser.
Todo compromisso traz a marca da personalidade, do caráter de quem realiza.
Ao programar sua reencarnação, o Espírito percebe uma série de dificuldades a serem resgatadas. Toda programação visa ao bem-estar, à luta para progredir.
Essa luta são os fatores que interferem no crescimento do Espírito e aparecem como conflitos, dificuldades múltiplas que o levarão a mudar e a educar-se.
Essa programação inclui todos aqueles que deverão resgatar ou considerar situações que provocarão mudanças na forma de ser, de pensar e sentir, modificando assim o campo evolutivo.
Nesse contexto de acertos com finalidades de evolução depara o Espírito com chamamentos que não podem fugir face as vicissitudes de crescimento e melhora íntima.
O planejamento do compromisso envolve todos os aspectos do ser espiritual tais como o trabalho profissional e o esforço de vencer. O trabalho profissional irá colocá-lo frente as suas necessidades, permitir-lhe o contato com as pessoas que irão auxiliá-lo mudar, vivenciar situações que atingem seus sentimentos, razão e inteligência, burilar atitudes, pensamentos e relacionamentos. Já o esforço de vencer irá garantir-lhe opções valorosas e de grande aprendizado.
O Espírito reencarnante, tendo uma visão ampla de seus reajustes e acertos, procura definir propostas de acertos e trabalhos e, executando-as, alcança maturidade espiritual. Se há falhas, se entristece, procurando assumir uma postura digna; mas, quando isso não acontece, tudo fica registrado como uma forma de tristeza e invigilância. O trabalho é um veículo valioso para nosso progresso espiritual.
Tem o Espírito outros tipos de relacionamento que estão ligados aos seu compromisso evolutivo: o do afeto, o da educação que promove em cada ser uma quota de mudança, o de equilíbrio da manutenção de suas vibrações.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Natal Simbólico


NATAL SIMBÓLICO


IRMÃO X (Livro Pontos e Contos – psicografia Francisco Cândido Xavier)



Harmonias cariciasses atravessam a paisagem, quando o lúcido mensageiro continuou:

- Cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer...
Fora loucura esperar a reforma do mundo, sem o homem reformado. Jamais conheceremos povos cristãos, sem edificarmos a alma cristã...

*

Eis por que o Natal do Senhor se reveste de profunda importância para cada um de nós em particular.
Temos conosco oceanos de bênçãos divinas, maravilhosos continentes de possibilidades, florestas de sentimentos por educar, desertos de ignorância por corrigir, inumeráveis tribos de pensamentos que nos povoam a infinita extensão do mundo interior. De quando em quando, tempestades renovadoras varrem-nos o íntimo, furacões implacáveis atingem nossos ídolos mentirosos.

*

Quantas vezes, o interesse egoístico foi o nosso perverso inspirador?
Examinando a movimentação de nossas idéias próprias, verificamos que todo princípio nobre serviu de precursor ao conhecimento inicial do Cristo.

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Verificou-se a vinda de Jesus numa época de recenseamento.
Alcançamos a transformação essencial justamente em fase de contas espirituais com a nossa própria consciência, seja pela dor ou pela madureza do raciocínio.
*

Não havia lugar para o Senhor.
Nunca possuímos espaço mental para a inspiração divina, absorvidos de ansiedades do coração ou limitados pela ignorância.

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A única estalagem ao Hóspede Sublime foi a Manjedoura.
Não oferecemos ao pensamento evangélico senão algumas palhas misérrimas de nossa boa-vontade, no lugar mais escuro de nossa mente.

*

Surge o Infante Celestial dentro da noite.
Quase sempre, não sentimos a Bondade do Senhor senão no ápice das sombras de nossas inquietações e falências.

*

A estrela prodigiosa rompe as trevas no grande silêncio.
Quando o gérmen do Cristo desponta em nossas almas, a estrela da divina esperança desafia nossas trevas interiores, obscurecendo o passado, clareando o presente e indicando o porvir.

*

Animais em bando são as primeiras visitas ao Enviado Celeste.
Na soledade de nossa transformação moral, em face da alvorada nova, os sentimentos animalizados de nosso ser são os primeiros a defrontar o ideal do Mestre.
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Chegam pastores que se envolvem na intensa luz dos anjos que velam o berço divino.
Nossos pensamentos mais simples e mais puros aproximam-se da idéia nova, contagiando-se da claridade sublime, oriunda dos gênios superiores que nos presidem aos destinos e que se acercam de nós, afugentando a incompreensão e o temor.
*

Cantam milícias celestiais.
No instante de nossa renovação em Cristo, velhos companheiros nossos, já redimidos, exultam de contentamento na esfera superior, dando glória a Deus e bendizendo os Espíritos de boa-vontade.

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Divulgam os pastores a notícia maravilhosa.
Nossos pensamentos, felicitados pelo impulso criador de Jesus, comunicam-se entre si, organizando-se para a vida nova.

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Surge a visita inesperada dos magos.
Sentindo-nos a modificação, o mundo observa-nos de modo especial.

*

Os servos fiéis, como Simeão, expressam grande júbilo, mas revelam apreensões justas, declarando que o Menino surgiria para a queda e elevação de muitos em Israel.
Acalentamos o pensamento renovador, no recesso d’alma, para a destruição de nossos ídolos de barro e desenvolvimento dos germens de espiritualidade superior.
*

Ferido na vaidade e na ambição, Herodes determina a morte do Pequenino Emissário.
A ignorância que nos governa, desde muitos milênios, trabalha contra a idéia redentora, movimentando todas as possibilidades ao seu alcance.
Conserva-se Jesus na casa simples de Nazaré.
Nunca poderemos fornecer testemunho à Humanidade, antes de fazê-lo junto aos nossos, elevando o espírito do grupo a que Deus nos conduziu.

*

Trabalha o pequeno embaixador numa carpintaria.
Em toda realização superior, não poderemos desdenhar o esforço próprio.

*

Mais tarde, o Celeste Menino surpreende os velhos doutores.
O pensamento cristão entra em choque, desde cedo, com todas as nossas antigas convenções relativas à riqueza e à pobreza, ao prazer e ao sofrimento, à obediência e à mordomia, à filosofia e à instrução, à fé e á ciência.
Trava-se, então, dentro de nosso mundo individual, a grande batalha.

*

A essa altura, o mensageiro fez longa pausa.
Flores de luz choviam de mais alto, como alegrias do Natal, banhando-se a fronte. Os demais companheiros e eu aguardávamos, ansiosos, a continuação da mensagem sublime; entretanto, o missionário generoso sorriu paternalmente e rematou:
- Aqui termino minhas humildes lembranças do Natal simbólico. Segundo observais, o Evangelho de Nosso Senhor não é livro para os museus, mas roteiro palpitante da vida.



sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O Sentido da vida


A morte física não é o fim. É pura mudança de capitulo no livro da evolução e do aperfeiçoamento. Ao seu influxo, ninguém deve esperar soluções finais e definitivas, quando sabemos que cem anos de atividade no mundo representam uma fração relativamente curta de tempo para qualquer edificação na vida eterna. Emmanuel, no prefácio do livro Missionários da Luz do espírito André Luiz psicografia de Francisco Candido Xavier.

A morte da forma não santifica o ser que a habitou! Se o raio de sol não se contamina ao contacto do pântano, também o doente rebelde é o mesmo enfermo se apenas troca de residência. O corpo físico representa apenas o vaso em uso, durante algum tempo, e o vaso quebrado não significa redenção ou elevação do seu temporário possuidor. André Luiz – no Livro Missionários da Luz.

Depois da morte física, o que há de mais surpreendente para nós é o reencontro da vida. Aqui aprendemos que o organismo perispirítico que nos condiciona em matéria mais leve e mais plástica, após o sepulcro, é fruto igualmente do processo evolutivo. Não somos criações milagrosas, destinadas ao adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência, de milênio a milênio. Não há favoritismo no Templo Universal do Eterno, e todas as forcas da Criação aperfeiçoam-se no Infinito. André Luiz, no livro No Mundo Maior.

“Com a reencarnação e o progresso a que dá lugar, todos os que se amaram tornam a encontrar-se na Terra e no Espaco e juntos gravitam para Deus. Se alguns fraquejam no caminho, esses retardam o seu adiantamento e a sua felicidade, mas não há para eles perda de esperança. Ajudados, encorajados e amparados pelos que os amam, um dia sairão do lodaçal em que se enterraram. Com a reencarnação, finalmente, há perpétua solidariedade entre os encarnados e desencarnados, e daí o estreitamento dos laços de afeição.

“Não atentem nós nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem,; porque as que se vêem são temporárias, e as que não se vêem são eternas” Paulo (cors. 4: 18)

A mensagem espírita realmente consola e nos inspira a esperança no futuro que nos aguarda enquanto seres espirituais vinculados ao organismo biológico e na busca incessante dos dias prometido pelo Mestre de Nazaré que nos manda perseverar até o fim, concluindo que “no mundo tereis aflições, mas eu venci o mundo”. Jesus de fato venceu o mundo, mas nós não precisaremos vencer o mundo, mas vencer no mundo. O Divino Amigo, veio das estrelas distantes a quatro bilhões de anos para dirigir o nosso orbe planetário desde do momento em que “a Terra deslocou-se da Nebulosa Solar”conforme as informações sábias do Espírito Emmanuel no livro A Caminho da Luz, psicografia do venerando médium Francisco Cândido Xavier. Ele sim precisou e venceu o mundo pois que ele era puro Espírito, mas a Terra um mundo de expiação e provas. Ele veio das moradas iluminadas, e fez-se modelo a ser seguido na Terra, conforme o ítem 625 de O Livro dos Espíritos. Garantiu ser a Luz do Mundo e foi taxado de suspeito por testificar de si mesmo ao que ele redargüiu com propriedade: “Posto que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei donde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis donde venho, nem para onde vou.” (João, 8:13-14). Há quantos séculos o Jesus envolve a Humanidade nos seus pensamentos e sempre cuidando das ovelhas a ele confiadas pelo o autor divino! Os tempos em que vivemos hoje é sinal nítido de que as promessas do Cristo faz-se cumpridas nas tormentas por que passa o mundo em que além das agitações das entranhas da Terra, agora também as entranhas dos homens escancaram-se e eles não sabem para onde correr, pois que os poderes efêmeros, os conhecimentos acadêmicos, os pós-doutoramento, as cátedras conquistadas, os títulos de doutores nada resolvem os abismos terríveis, a sacudir o pobre homem planetário nas interrogações, nas indagações, quando o mestre já havia alertado a dois mil anos que “não passará essa geração até que se cumpra à Lei.” Claro, referia-se o sublime peregrino as Leis sábias de Deus que rege a dimensão física do Universo, mas também as regiões complexas do Espírito, da alma, da inteligência que plasma as construções deste universo material, que vem da mente do universo invisível que é muito mais real e que não se pode ver com os olhos físicos do templo de carne, ou com a ilusão dos sentidos transitórios deste mundo que nos conduz a perfeição moral, para buscamos o primado do Espírito. Não nos enganemos, pois os tempos são chegados! O momento que vivemos convida-nos a profunda reflexão. Precisamos ligarmos-nos cada vez mais a nossa realidade espiritual, buscando entender o sentido existencial, a vida que transcende. Chegou o momento de sintonizar os nossos pensamentos com o do Cristo buscando entender a sua Oração Sacerdotal no Horto da Oliveiras, quando em fervorosa mensagem em prece ele pronuncia as expressões: “ Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Não peço que os tires do mundo; mas que os guarde do mal.” E mais na frente: “ Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo”.
Sem dúvida o mundo que buscamos é o Universo, é o Cosmo é a infinidade! Este é o real sentido da vida! É o mundo maior no dizer de André Luiz (Espírito), onde tudo está mergulhado sob o hausto divino, no éter, no fluido cósmico universal, onde tudo está vivo, imensamente vivo! Não só as galáxias visíveis que tanto encantam aos Astrônomos, mas as GALÁXIAS invisíveis, tão invisíveis quantos nós os homens desprovidos da roupagem biológica, mas tão imenso quanto os ilimitados pensamentos que numa abstração vislumbramos, tão infinita quanto o pensamento divino, tão distante quanto a caminhada incessante que haveremos de perlustrar, andarilhar, voar indo ao encontro de Deus; isto sim é a nossa busca do Reino de Deus como nos ensina Jesus!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A Educação do Pensamento


A EDUCAÇÃO DO PENSAMENTO

Comandando o cérebro está a mente, manancial dos nossos pensamentos.
Quando a mente lança um pensamento no ar, materializa uma onda de natureza sutilíssima, cujo comprimento e vitalidade dependem da potência mental e da constância no pensar. Essa onda pode ser captada por outra estação mental, quando lhe sintoniza, mantendo-se ambas em comunhão, absorvendo e fazendo absorver, em troca de idéias geradoras de sombras ou luminosidade, conforme seja teor da mensagem intercambiada.

O pensamento possui a propriedade de modelar formas e imagens,, sendo estas efêmeras ou duradouras, a depender das energias que as alimentem. Vibrando nos acordes do amor, ilumina o perispírito, dando-lhe leveza, fazendo com que tais energias dele se volatizem, sem deixar qualquer nódoa ou mancha prejudicial. No sentido oposto, detendo-se no ódio, as energias hostis que o alimentam, deixam resíduos indesejáveis, fuligem cáustica no tecido perispiritual, cuja drenagem geralmente se faz através do corpo físico, em formas patogênicas diversas.
O corpo físico funcionando qual aspirador ou mata-borrão para os fluidos densos acumulados no perispírito, atrai para si as mazelas resultantes do descontrole do Espírito. Grande é a responsabilidade com o nosso pensar. O pensamento, sempre antecedendo a ação, nos indica ser o seu controle uma regra áurea para as boas construções. Quando são selecionados e sintonizados com o bem, agem como bisturis removendo os hematomas perispirituais, em cirurgias plásticas modeladoras.
Jamais afastaremos os hábitos seculares anti-fraternos sem a renovação dos pensamentos. Quando pensamos de maneira altruísta abrigando a paz, a doação, a fraternidade, nosso ser fica impregnado de energias revigorantes, facultando pela persistência destas a expulsão das idéias e imagens que não sintonizam com o novo estágio de evolução. Ao mesmo tempo, fechamos a porta para idéias pessimistas, que não conseguem se sobrepor à calma e à confiança embasadas no bom ânimo da fé raciocinada.
O desejo de renovação, no entanto, não pode ser neurotizante, impondo uma fuga dos cenários do mundo, nem uma autofiscalização castrativa e geradora de desejos de autopunição. É o velho conselho de estar no mundo sem ser do mundo e estar com eles sem ser um deles.
Quanto mais renovado o ser, mais entendimento traz para com as fraquezas alheias, sem contudo pactuar com elas. Selecionar pensamentos, policiar-se, não é tentar soterrar a todo custo a inferioridade que habita em nós e que aflora muitas vezes ao dia. É entender com naturalidade e com maturidade que a possuímos e envidar esforços para diminuí-la a cada dia , visto ser a evolução fruto de milênios. È não render-se ao comodismo; é o querer dinâmico; o conhecer a si para mudar a si; fazer luz, modelando o perispírito em formas translúcidas e menos vulneráveis às investidas da dor.
Comecemos cultivando o otimismo, a meditação, o estudo sério e compenetrado, o trabalho edificante e a prece, que isso afasta as idéias deprimentes oriundas da acomodação, das lamentações da ignorância e da maledicência.
Kardec, ao analisar o poder da prece, afirmou: “Possuíamos em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea” Essa força corresponde ao poder de ação do Espírito, que manipula, na sua força e velocidade extraordinária no espaço, manipulando os fluídos espirituais justamente “com o auxilio do pensamento e da vontade”,como ensinou o Codificador em A GENESE . É pelo pensamento, então, que direciona, molda e qualifica esses fluidos, produzindo dessa forma extensa fenomenologia.
O pensamento como atributo do Espírito, é o elemento básico sobre que se assentam nossa felicidade e nossa desdita, pois qualifica nossa vida intima, psíquica, pois que através dele influenciamos, e somos influenciados, permutando naturalmente vibrações positivas ou negativas. O pensamento é a força propulsora de ondas mentais que se deslocam pela incomensurabilidade infinita na dualidade relativa tempo-espaço!
“Os Espíritos nos influenciam mais do que imaginamos”, item 459 de O Livro dos Espíritos. O centro de irradiação e de captação é cada individuo. O nosso pensamento somente sintoniza com pensamentos que se complementam (afins) e dessa forma atraímos pra junto de nós aqueles que se identificam conosco mentalmente. “Diz-me com quem andas e direi quem tu és” que não é diferente deste outro: “dize-me o que pensas e te direi com quem estás em sintonia” nestas dimensões que se interpenetram a do ser encarnado e a do ser desencarnado.
Sem dúvidas, saber direcionar bem os pensamentos, mantendo-o otimistas, alegre, perseverando sempre no bem, desvinculando-o sempre do que se pode chamar as barreiras que nos retardam a marcha na direção, a do primado do Espírito, o nosso real destino como seres eternos e vivendo sob o olhar de Deus.
No mundo temos documentos como a identidade, passaporte e todos os papeis de identificação como cidadãos em transito. Não poderia ser diferente como cidadão do Universo e da Vida que tivéssemos um documento a altura da vilegiatura na dupla dimensão em que vivemos, pois não há limites entre a dimensão visível e a invisível e ambas se interpenetram, sendo por isso mesmo o perispírito esse documento fantástico, o nosso arquivo, cujo documento é um livro aberto,uma janela escancarada da alma! Se na existência corpórea conseguimos ocultar o que pensamos, na dimensão do mundo maior, a dimensão meta-fisica estamos sendo observados e as interferências existem dentro das chamadas leis de atração universal.
“As ocupações dos Espíritos são incessantes?” Indaga Allan Kardec e os venerandos Espíritos respondem, conforme o ítem 563 de O Livro dos Espíritos: “Incessantes, sim, entendendo-se que seu pensamento é sempre ativo, pois vivem pelo pensamento. Mas é preciso não comparar as ocupações dos Espíritos às ocupações materiais dos homens. A atividade é para eles um prazer, pela consciência que têm de serem úteis.” Mas, o mestre lionês retorna a carga no ítem 563a “Isso se concebe para os bons Espíritos; mas ocorre o mesmo com os Espíritos inferiores?” e os Espíritos da codificação respondem: “Os Espíritos inferiores têm ocupações apropriadas à sua natureza. Acaso confiais ao aprendiz e ao ignorante os trabalhos do homem de inteligência?” O Codificador ainda insiste no ítem 564 do mesmo livro: Entre os Espíritos há os que são ociosos ou que não se ocupam com nenhuma coisa útil?” E os incansáveis amigos respondem: “Sim, mas esse estado é temporário e depende do desenvolvimento de sua inteligência. Certamente há, como entre os homens, os que vivem somente para si mesmos; mas essa ociosidade lhes pesa e cedo ou tarde o desejo de avançar lhes faz sentir que a atividade é necessária e ficam felizes em se tornar úteis. Falamos dos Espíritos que atingiram o ponto de ter consciência de si mesmos e de seu livre-arbitrio. Em sua origem, nesse despertar, são como crianças que acabam de nascer e que agem mais por instinto do que por vontade determinada.
Cada qual de nós é peça importante na transformacao do mundo em que vivemos, iniciando as mudanças em nós mesmos! É imperioso usar o pensamento para a descoberta das potencialidades em nosso mundo interior, conhecendo-nos, desnudando-nos e, consequentemente, imprimir novo rumo à nossa caminhada. Esse deve ser o nosso verdadeiro desiderato na nossa viagem cósmica ao amanhã do Espírito Imortal!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A Educacão para a Morte





“Numa análise psicológica profunda, o homem teme a morte, porque receia a vida” ensina o Espírito Joanna de Angelis! Jesus nos mostrou que, em verdade, ninguém morre e que sobrevivemos com o nosso corpo espiritual. Em inúmeras passagens dos Evangelhos surpreendemos o Mestre falando da vida espiritual, do além-túmulo, do reino dos céus, da vida futura. Na “dualidade” Elias/João Batista, na transfiguração do Tabor, no ressurgimento diante de Madalena, o Divino Amigo exemplificou a sobrevivência. Através de Lázaro, da filha de Jairo, do filho da viúva de Naim, do servo do centurião de Cafarnaum, fez ver que a morte não se dá antes do tempo. Afinal, “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, porque para Ele todos são vivos”, disse o Mestre. Nas “duas” personalidades, em uma, que foram Elias e João Batista, quando afirmou que “Elias já veio e os homens não o reconheceram e lhe trataram como proveram, referindo-se naturalmente a penalidade infringida ao precursor de Jesus (João, o Batista), ao lhe cortar a cabeça, e conta o evangelista Mateus que os discípulos entenderam que João Batista era o Elias reencarnado, ou de volta ao organismo biológico!
Mas, Kardec, foi quem melhor cuidou da Psicologia da Morte e da Educação para Morte. Inscreveu o Mestre de Lyon, nas páginas da Codificação, a partir da resposta dos Espíritos, que a morte, em ultima analise, simboliza apenas a “exaustão dos órgãos”, pois que está para o corpo assim como a vida eterna é a do Espírito. “Quando os elementos essenciais do funcionamento dos órgãos foram destruídos, ou profundamente alterados, o fluido vital não pode transmitir-lhes o movimento da vida, e o ser morre”, isso é, o ser biológico, o corpo de carne.
A obstrução dos condutos internos por onde passo o fluido vital, o comprometimento das vias que conduzem as energias essenciais, obstruindo-lhes a passagem, , provoca assim a morte e, com ela, a libertação definitiva do Espírito, que mantém todavia , sua individualidade, em decorrência do perispírito e as características de sua personalidade (todos hábitos e conhecimentos adquiridos), e prossegue na erraticidade em trânsito para a nova existência, enquanto aguarda o estado de pureza para viver desvinculado definitivamente da necessidade corpórea, ou seja, a conquista da proposta de Jesus: “ter vida em abundância.”
“A educação para a Morte, esclarece Herculano Pires, não é nenhuma forma de preparação religiosa para a conquista do Céu”, mas um processo educativo, uma preparação do homem para a libertação do seu condicionamento humano e sua reintegração na vida espiritual, com todas as conseqüências ditadas pela forma como se comportou na sua última existência corpórea! A morte é então uma bênção, necessária e indispensável para que o Espírito conquiste a sua liberdade, pelo menos entre uma e outra existência, até que tenha reunido em si as condições necessária a uma vida plena e em abundância, conforme as promessas do Cristo, “aquele que beber da água que eu der terá vida, mas, vida em abundância” . A vida liberta do jugo da carne, da prisão ou do cárcere físico que certamente no futuro remeterá o Espírito liberto as culminâncias cósmicas do amor de Deus! É o Espírito leve, sem o fardo pesado do corpo denso, decorrente da consciência livre, do céu interior da alma, da paz que só Jesus podia dar conforme assegurou: “A minha paz vos dou, mas não vo-la dou como dar o mundo”. Sim, a paz que o mestre dava não era a paz enganosa do mundo, a paz licenciosa, a paz das posses enganosas, das riqueza tangíveis mas fungíveis, dos poderes transitórios, das ilusões, dos equívocos e das coisas efêmeras, tão voláteis como a própria existência no arquipélago celular. A paz que só Jesus podia dá-la ele confirma na Oração do Horto das Oliveiras, naquele momento em que pensava o destino das ovelhas a ele confiada pelo autor divino! E em profunda oração ele assim se expressa conforme os registros do evangelista João capítulo 17 – versículos 1 a 26: Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do mal” Como diz o instrutor e escritor espírita Manuel Potasio: “A morte é, portanto, necessária e não pode ser desprezada, sob pena de manter-se o individuo chumbado às condições materiais da realidade existencial e enfrentar maiores dificuldades para reincorporar-se na vida natural, sob o império da lei de atração e sintonia, que atua em todos os planos da vida”, em todas as dimensões do Universo sob o olhar do Altíssimo!
A Doutrina Espírita, mostra-nos que a morte não é o fim da linha senão para a existência na matéria densa. Para o Espírito, ela aparece como uma passagem para a dimensão superior, uma estação de baldeação para outras experiências e uma transição necessária para novos aprendizados. A morte é um parto ao contrário, um mergulho no Invisível, na dimensão infinita, pois lá o Espírito que desencarna, é recebido por numerosos outros Espíritos, familiares, amigos, admiradores, que o espera, o abraça e recordam juntos reminiscências de outros mergulhos na carne em algum lugar do passado.
Aliás, passado, futuro, presente para Deus o eterno criador, orientador do Universo e da Vida, na dualidade espaço-tempo tudo é o eterno tempo do Espírito na sua marcha para o primado de si mesmo!
“A alma não se acha encerrada no corpo, qual pássaro numa gaiola. Irradia e se manifesta exteriormente, como a luz através de um globo de vidro, ou como o som em torno de um centro de sonoridade. Neste sentido se pode dizer que ela é exterior, sem que por isso constitua o envoltório do corpo. A alma tem dois invólucros. Um, sutil e leve: é o primeiro, ao qual chamas perispírito; outro, grosseiro, material e pesado, o corpo. A alma é o centro de todos os envoltórios, como o gérmen em um núcleo, já o temos dito” (Livro dos Espírito, Questão 141).
A morte é portanto instrumento de libertação da alma, que a assimila como um benefício concedido pela lei divina em favor de seu crescimento espiritual. Logo, não devemos ter medo da morte, já que “morremos todos os dias”, consoante nos lembram os Espíritos (Livro dos Espíritos, Questão 402).
Afinal, quantas vezes já passamos pela por ela, a morte? Quantas vezes já reencarnamos, vivemos, e desencarnamos?! Não podemos lembrar-nos dessas ocorrências, mas que elas sejam reais, quem poderá negar? Uma coisa, naturalmente é certa, porém: a morte já é nossa velha conhecida, nossa companheira de estrada, nossa amiga e benfeitora...
Mas, o temor da morte tem o seu valor, visto que ele “é um efeito da sabedoria da Providência e uma conseqüência do instinto de conservação comum a todos os viventes”, lembra-nos Allan Kardec no livro O Céu e o Inferno no capítulo II, pois o Espírito vindo do mundo espiritual para o mundo corpóreo, anseia por retornar ao seu habitat natural. Não houvera esse mecanismo inibidor, ele certamente seria tentado, em muitas situações, a abreviar a vida, bem precioso de não é senão usuário, como testemunhou o grande Apóstolo: “Mas, de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar em Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne”. (Filipenses, 1: 23-24)


segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A Missao da América


MISSÃO DA AMÉRICA

(...) Portanto eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos. (MATEUS 21: 43)

O Cristo localiza, então na América as suas fecundas esperanças. O século XVI alvorece com a descoberta do novo continente, sem que os europeus, de modo geral, compreendessem, na época, a importância de semelhante acontecimento. As riquezas fabulosas da Índia deslumbram o espírito aventureiro daquele tempo, e as testas coroadas do Velho Mundo não entenderam a significação moral do continente americano.
Os operários de Jesus, porém, abstraídos da critica ou do aplauso do mundo, cumprem os seus grandes deveres no âmbito das novas terras. Sob a determinação superior, organizam as linhas evolutivas das nacionalidades que aí teriam de florescer no porvir. Nesse campo de lutas novas e regeneradoras, todos os espíritos de boa-vontade poderiam trabalhar pelo advento da paz e da fraternidade do futuro humano, de foi por isso que, laborando para os séculos porvindouros, definiram o papel de cada região no continente, localizando o cérebro da nova civilização no ponto onde hoje se alinham os Estados Unidos da América do Norte, e o seu coração nas extensões da terra farta e acolhedora onde floresce o Brasil, na América do Sul. Os primeiros guardam os poderes materiais; o segundo detém as primícias dos poderes espirituais, destinadas à civilização planetária do futuro. (Livro A Caminho da Luz, Emmanuel/ Francisco Candido XAvier

“Talhados para as grandezas,/ Pra crescer, criar, subir,/ O Novo Mundo nos músculos/ Sente a seiva do porvir/ - Estatuários de colossos -/ Cansado doutros esboços/ Disse um dia Jeová:/ “Vai Colombo, abre a cortina,/ Da minha eterna oficina.../ Tira a América de lá. (O Livro e a América, Castro Alves)

JORNAIS, REVISTAS, PERIÓDICOS, Emissoras de Televisão nos quatro cantos do Mundo demonstram o interesse pela vitória do Negro Barack Hussein Obama, como a Grande Chance Planetária, nestes dias conturbado em que a Humanidade aflita deveria estar pensando nas palavras de Jesus Há dois mil anos, ao afirmar que não passaria esta Geração até que se cumprisse a Lei. A Lei de Deus é claro, a Lei que rege a Vida, a Natureza e os princípios morais conforme lembrou Jesus sempre advertindo: “Ouçam os que tem ouvidos de ouvir, vejam os que tem olhos de ver”.
PREFÁCIO DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos Céus, qual imenso exercito que se movimentam ao receber as ordens do seu comando, espalham-se por toda a superfície da Terra e, semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos e abrir os olhos aos cegos.
Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.
As grandes vozes do Céu ressoam como sons de trombetas, e os cânticos dos anjos se lhes associam. Nós vos convidamos, a vós homens, para o divino concerto. Tomai da lira, fazei uníssonas vossas vozes, e que, num hino sagrado, elas se estendam e repercutam de um extremo a outro do Universo.
Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos junto de vós. Amai-vos, também, uns aos outros e dizei do fundo do coração, fazendo as vontades do Pai, que está no Céu: Senhor! Senhor!... e podereis entrar no reino dos Céus.

O ESPÍRITO DE VERDADE