segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER


Francisco Cândido Xavier nasceu em Pedro Leopoldo, MG, em 2 de abril de 1910, onde residiu até dezembro de 1958. Transferiu-se para Uberaba, MG, em janeiro de 1959, onde residiu até os seus último dias na Terra, desencarnando no dia 30 de junho de 2002. Aposentou-se como funcionário público federal. Médium de atividade ininterrupta durante 75 anos, publicou através da Federação Espírita Brasileira, em 06 de julho de 1932, o Parnaso de Além Túmulo, primeiro livro de suas faculdades mediúnicas. Hoje somam-se 412 livros de sua autoria, diversos deles publicados, também em Esperanto, Espanhol, Japonês, Inglês e Francês. Várias de suas obras têm sido radiofonizadas, televisionadas e teatralizadas. Pessoa simples, afável e operosa, jamais se beneficiou dos direitos autorais da sua vasta produção mediúnica.
Respeitado e estimado em todo o Brasil, goza ainda de sincera admiração em outros países.
No ano de 2000, Chico Xavier foi eleito o "Mineiro do Século", em pesquisa realizada pela Rede Globo/MG.
Parnaso de Além-Túmulo, ditado por 56 poetas da língua portuguesa, tanto brasileiros como portugueses, é preciosa coletânea, quer pela variedade de temas, quer pela superior inspiração, apresentando os autores, uma das provas subjetivas mais robustas em favor da sobrevivência da alma após a morte.
No feliz intróito à 2a. edição, o Espírito Humberto de Campos escreve: "Os mortos falam e a Humanidade está ansiosa, aguardando a sua palavra."

Evolução

Se devassássemos os labirintos
Dos eternos princípios brionários,
A cadeia de impulsos e instintos,
Rudimentos dos seres planetários;

Tudo o que a poeira cósmica elabora
Em sua atividade interminável,
O anseio da vida, a onda sonora,
Que percorrem o espaço imensurável;

Veriámos o evolver dos elementos,
Das origens às súbitas asceses,
Transformando-se em luz, em sentimentos,
No assombroso prodígio das esteses;

No profundo silêncio dos inermes,
Inferiores e rudimentares,
Nos rochedos, nas plantas e nos vermes,
A mesma luz dos corpos estelares!

É que,dos invisíveis microcosmos,
Ao monólito enorme das idades,
Tudo é clarão da evolução do cosmos,
Imensidades nas imensidades!

Nós já fomos os germes doutras eras,
Enjaulados no cárcere das lutas;
Viemos do princípio das moneras,
Buscando as perfeições absolutas.

Augusto dos Anjos

(Do Livro Parnaso de Além-Túmulo, ditado ao Médium Francisco Cândido Xavier)

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