
Depois de liberar a mulher que estava sendo acusada de adultério, Jesus afirmou: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, pelo contrário terá a luz da vida”. (João, 8;12).
O Evangelho de João, que registra esses fatos, informa, que os fariseus questionaram a veracidade da afirmação de Jesus por estar testificando de si mesmo, ao que o Mestre respondeu: “Posto que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei donde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis donde venho, nem para onde vou.” (João, 8:13-14).
Os Espíritos Superiores esclarecem, através da Doutrina Espírita, que Jesus é o Guia e Modelo para toda a Humanidade. Veio para ensinar e exemplificar a prática das Leis de Deus e para mostrar o caminho da evolução e aprimoramento que cabe a todos trilhar, deixando testemunhos que marcaram a história do mundo e sinalizaram com clareza e abundância de informações o roteiro que nos cabe seguir.
O curto período em que esteve convivendo com os homens foi suficiente para deixar-nos um manancial de ensinos, exemplos, testemunhos, gestos e atitudes sempre marcados pela vivência incondicional da Lei de Amor, o que o levou a afirmar: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros assim como eu vos amei.” (João 13:34).
Nesta fase de transição em que os homens se agitam inquietos, andando nas trevas da violência, da incredulidade, da leviandade e, por decorrência, da dor, do sofrimento e da insegurança, a Luz do Cristo mostra o rumo a seguir na busca da paz interior que todos almejamos, ao mesmo tempo em que ilumina o caminho de libertação que a bondade divina a todos reserva.
A afirmação de Jesus, com a autoridade moral e espiritual que lhe é própria – que vem se consolidando no coração do homem desde os exemplos de amor e perdão testemunhados há dois mil anos -, representa um convite permanente à transformação interior, na substituição das trevas, que caracterizam nossas imperfeições, pela luz das virtudes que nos cabe conquistar.
O Reformador Dezembro/ 2004 – Editorial