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"Mas a graça foi dada a cada um de nós, segundo a medida do dom do Cristo".-Paulo. (EFÉSIOS, 4:7.)
A alma humana, nestes vinte séculos de Cristianismo, é uma consciência esclarecida pela razão, em plena batalha pela conquista dos valores iluminativos.
O campo de luta permanece situado em nossa vida íntima.
Animalidade versus espiritual idade.
Milênios de sombras cristalizadas contra a luz nascente.
E o homem, pouco a pouco, entre as alternativas de vida e morte,
renascimento no corpo e retorno à atividade espiritual, vai plasmando em si mesmo as qualidades sublimes, indispensáveis à ascensão, e que, no fundo, constituem as virtudes do Cristo, progressivas em cada um de nós.
Daí a razão de a graça divina ocupar a existência humana ou crescer dentro dela, à medida que os dons de Jesus, incipientes, reduzidos, regulares ou enormes nela se possam expressar.
Onde estiveres, seja o que fores, procura aclimatar as qualidades cristãs em ti mesmo, com a vigilante atenção dispensada à cultura das plantas preciosas, ao pé do lar.
Quanto à Terra, todos somos suscetíveis de produzir para o bem ou para o mal.
Ofereçamos ao Divino Cultivador o vaso do coração, recordando que se o "solo consciente" do
nosso espírito aceitar as sementes do Celeste Pomicultor, cada migalha de nossa boa-vontade será convertida em canal milagroso para a exteriorização do bem, com a multiplicação permanente das graças do Senhor, ao redor de nós.
Observa a tua "boa parte" e lembra que podes dilatá-la ao Infinito.
Não intentes destruir milênios de treva de um momento para outro.
Vale-te do esforço de auto-aperfeiçoamento cada dia.
Persiste em aprender com o Mestre do Amor e da Renúncia.
Não nos esqueçamos de que a Graça Divina ocupará o nosso espaço individual, na medida de nosso crescimento real nos dons do Cristo.
Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL
Ação de Paz
No teu círculo de amigos não faltam aqueles que cultivam a violência, a arrogância, o espírito perturbador...
Bulhentos, irrequietos, gostam de promover desordens, sempre armados contra tudo e todos.
Cuidado com eles!
Aconselham a anarquia, estimulam as arruaças, encorajam a malquerença.
Não te inspires na sua poluição mental, responsável pelo seu comportamento alienado.
Trata-os com gentileza, no entanto, poupa-te à sua convivência malfazeja.
Eles são cansativos pela instabilidade e exaurem aqueles que os cercam, em razão da agressividade em que se debatem.
* * *
Há quem aconselhe revide a qualquer ofensa; reproche a toda insinuação; respostas ácidas às provocações...
O fogo não se acaba, quando se lhe atira combustível.
Assim também acontece com o mal.
A única alternativa é a que decorre da ação do bem, que apaga as labaredas da violência e estabelece a paz na qual o progresso se firma.
* * *
És instrumento da vida, para a tua e a felicidade geral.
Esparze alegria, sem fomentar o pandemônio.
Irradia dignidade, sem carantonha ou simulação sisuda.
Favorece a paz, sem pieguismo ou receio da perturbação.
Tua realidade íntima, tua forma de vida pessoal.
Vive em paz, e apazigua todos quantos se acerquem de ti.
Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco.
Em 28.12.2010.
"Vinde a mim..."
- Jesus. (MATEUS, 11 :28.)
O crente escuta o apelo do Mestre, anotando abençoadas consolações. O doutrinador repete-o para comunicar vibrações de conforto espiritual aos ouvintes.
Todos ouvem as palavras do Cristo, as quais insistem para que a mente inquieta e o coração atormentado lhe procurem o regaço refrigerante...
Contudo, se é fácil ouvir e repetir o "vinde a mim" do Senhor, quão difícil é "ir para Ele!"
Aqui, as palavras do Mestre se derramam por vitalizante bálsamo, entretanto, os laços da conveniência imediatista são demasiado fortes; além, assinala-se o convite divino, entre promessas de renovação para a jornada redentora, todavia, o cárcere do desânimo isola o espírito, através de grades resistentes; acolá, o chamamento do Alto ameniza as penas da alma desiludida, mas é quase impraticável a libertação dos impedimentos constituídos por pessoas e coisas, situações e interesses individuais, aparentemente
inadiáveis.
Jesus, o nosso Salvador, estende-nos os braços amoráveis e compassivos. Com ele, a vida enriquecer-se-á de valores imperecíveis e à sombra dos seus ensinamentos celestes seguiremos, pelo trabalho santificante, na direção da Pátria Universal...
Todos os crentes registram-lhe o apelo consolador, mas raros se revelam suficientemente valorosos na fé para lhe buscarem a companhia. Em suma, é muito doce escutar o "vinde a mim"...
Entretanto, para falar com verdade, já consegues ir?
Do Livro "Fonte Viva" ditado ao médium Francisco Candido Xavier pelo Emmanuel (Espírito)
Vida e Valores (A construção do lar)
É muito comum fazermos a distinção entre casa e lar.
Costumamos chamar de casa a construção de material, de madeira, de alvenaria, de pedra, seja o que for, enquanto o lar é o que se passa dentro dessa construção. Muitas vezes, nós conseguimos construir a casa, mas não chegamos a formar o lar.
Vivemos dentro dessa casa de formas tão estranhas, que não configuram o lar. O lar é o emocional, é o sentimental, é o racional, é o vivencial. É a interação das pessoas. A casa é o prédio.
Muitas vezes as pessoas dizem: Estou indo pra casa, mas, aborrecidas, porque estão indo para casa e, possivelmente, ao chegarem em casa, não encontrarão o respaldo do lar.
É muito importante verificarmos porque é que o lar nos é importante. Exatamente porque ali se reúnem Espíritos, criaturas, indivíduos procedentes dos mais variados recantos da natureza.
Advindas, essas criaturas, das experiências as mais várias e, ao nos encontrarmos dentro de casa, para formar o lar, teremos obrigatoriamente que trocar essas experiências.
A esposa teve uma criação, uma formação, uma instrução ou deixou de tê-la. O marido outra e, agora, são duas pessoas que vão se reunir, na tentativa de forjar outras pessoas e educá-las, os filhos.
O lar representa esse cadinho, esse campo de provas, onde as diferenças se atritam, onde trocamos aquilo que sabemos com o que o outro sabe.
Desse modo, é muitíssimo importante que construamos o nosso lar em bases de equilíbrio, de entendimento, o que nem sempre é fácil.
Todas as vezes que nos reunimos, pessoas diferentes, seja no que for, isso nos dá uma certa instabilidade, isso gera uma certa instabilidade.
Há sempre uma diferençazinha entre o esposo e a esposa, entre os pais e os filhos, entre os irmãos. Por quê?
Porque se a esposa tem um pouco mais de cultura, se o marido tem um pouco menos, isso deixa um degrau de frustração.
Ele vai fazer de tudo para mostrar que também sabe, quando seria tão fácil admitir que ele ainda não sabe. Poderá aprender. Se a esposa se torna submissa porque seu marido é doutor, seu marido é que sabe, já desbalanceia o lar.
Seria tão normal se ela admitisse que, de fato, ele preparou o que sabe, ele sabe na frente e ela não está proibida de aprender e de saber também. Mas, cada qual respeitando o outro, sem se sentir lesionado, sem se sentir frustrado, sem se sentir diminuído.
No lar, temos ensejo de trocar tudo isto. Verificamos que aquele homem notável, notável médico na sociedade, chega em casa. Ele é carente do que a cozinheira fez, dos carinhos da esposa, dos filhos.
Aquele grandioso engenheiro respeitado na sua empresa, na sociedade, mas quando chega em casa, ele é aquele gatinho carente de carinho, de atenção de sua esposa, dos seus filhos.
Somos movidos à emoção, a sentimento. O ser humano não é meramente racional, somos sentimentais.
Então, aquele homem que faz pressão na sociedade, o grande político, o grande administrador, quando chega em casa quem manda em tudo é a sua mulher.
Não, nós não vamos. Não, eu não quero. Não, você não vai fazer. Não, você não aceitará. E para que o amor possa vigorar é necessário que nós aprendamos ouvir um ao outro. O lar é assim.
É essa grande panela, é esse grande cadinho, dentro de cuja estrutura todos vamos aprendendo, uns com os outros, oferecendo o melhor que tenhamos e aprendendo o que os outros têm a nos oferecer.
É muitíssimo importante a estrutura do lar. Nada tem a ver com a casa. O lar vem de dentro.
* * *
Uma vez que essa estrutura de lar é de dentro da criatura humana, é muito importante que cada elemento do lar se preocupe com o outro e se ocupe também com ele.
Cada vez que pensamos na família que vive nesse lar que estamos abordando, certamente que cabe aos esposos determinados compromissos entre si, para a mantença do lar.
Se eles despautarem desses cuidados, o lar não se sustenta. Para a estrutura do lar é importantíssima a fidelidade, o respeito, a parceria, o acompanhamento, o companheirismo.
Se houver filhos na relação, os cuidados com o encaminhamento dos filhos neste mundo atormentado da atualidade.
Onde estão nossos filhos? Com quem estão nossos filhos? Fazendo o quê os nossos filhos estarão?
Esses cuidados que, há muito, passaram a ser coisas démodé, precisam voltar às preocupações nossas, precisam retornar aos cuidados domésticos.
Quando ouvimos as notícias de que tal criança foi seviciada, foi levada, foi conduzida, isso nos remete a refletir sobre a desatenção, muitas vezes, dos pais.
Com quem está minha criança? Onde está neste momento?
Vivemos dias em que os nossos filhos são mandados para dormir na casa dos amigos, dos colegas. Mas a gente não sabe quem são os pais desses amigos, desses colegas.
Não sabemos qual é a formação moral dessa família para onde estamos mandando os nossos filhos. Muitas vezes, acordamos tarde demais.
A estruturação do lar exige bom senso, exige cuidados, exige raciocínio.
Não é uma prisão. Todos usufruem liberdade. Mas, na estruturação do lar, a liberdade jamais estará alheada, distanciada das noções de responsabilidade.
Todos os que têm liberdade no lar, também hão de ter responsabilidades.
E se forem crianças?
Vamos ensinando às crianças a ter responsabilidade com as coisas delas. Guardar os brinquedos, colocar a roupinha que tirou no cesto, na medida em que elas vão podendo.
Como é que a criança aprende a ajudar em casa?
Traga para a mamãe, pegue a vassoura.
Pegue aquilo. Traga aquilo. Leve aquilo para a mamãe. Ajude a mamãe.
Sem nenhuma imposição, para que a criança aprenda a gostar de colaborar.
Venha aqui com o papai, segure aqui para o papai poder esticar.
Criando vínculos.Quando os nossos filhos começam a ir para a escola, cedinho, será nosso dever, de pai ou de mãe, puxar assunto com eles.
Como é que foi hoje o dia? Com quem você brincou? O que a professora lhe ensinou? Ou a tia?
E a sua merenda, comeu-a? Distribuiu com alguém?
Para que ensinemos à nossa criança, desde cedo, a conversar conosco sobre o que se passou com ela.
Depois que ela aprende a conversar conosco, não precisamos perguntar nada.
Quando a apanhamos à porta da escola, ela já nos vem contando. Quando a colocamos no carro, ela já começa a falar. E é dessa maneira que vamos criando uma parceria doméstica.
Os filhos não precisam esconder dos seus pais as coisas que vivenciam. Os pais não devem negar orientação aos filhos, para que eles saibam se nortear. Estar sempre acompanhando.
Quando a nossa criança começa a crescer e não faz aquelas intrigantes perguntas, sobre sexo, sobre isso ou sobre aquilo, que os pais não imaginem que elas não sabem, que elas são inocentes. Admitam que já aprenderam, de forma equivocada e, porque aprenderam de forma equivocada, têm vergonha de falar para nós.
Cabe, então, para que o lar se reerga, todos nos envolvermos com todos.
Com carinho, com atenção, com sorriso, com seriedade, cada coisa no seu lugar. Mas, que não falte entre nós jamais a ternura, o respeito recíproco, na certeza de que somos irmãos em Deus, momentaneamente situados como marido, mulher, pais, filhos, irmãos.
Para que o nosso lar seja feliz, para que utilizemos esse cadinho, como a grande oficina das almas, não poderá faltar o amor. O amor que gera respeito, o amor que imprime responsabilidade.
Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 186, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.
Programa gravado em janeiro de 2009.
Em 03.01.2011.
Vida e Valores (A Internet)
Quem poderia imaginar que o invento de Norberto Wainer desse para o mundo os resultados que vem dando.
Norberto Wainer pensou, demoradamente, numa forma de criar uma máquina que pudesse realizar tudo o que o cérebro humano é capaz de realizar. Com uma vantagem: sem a inércia característica da criatura humana.
Quando precisamos apertar um botão, por exemplo, temos a vontade, a mente aciona o nosso sistema nervoso, que atua sobre a musculatura. Então, apertamos o botão. É um lapso de segundo, mas o suficiente para errarmos o alvo.
Dessa maneira, Wainer pensou numa máquina que fizesse isso: apertasse o botão, sem essa movimentação neurológica, até realizar o fato. Surge, então, o cérebro eletrônico.
Válvulas, cabos, peças diversas compuseram o primeiro cérebro eletrônico, que ocupava quase um edifício de dois andares, para que toda aquela parafernália mecânica pudesse funcionar.
Na medida em que o tempo se passou, graças aos implementos que foram sendo adicionados àquele conhecimento básico, o nosso cérebro eletrônico se transformou no computador.
E, hoje, qualquer criança tem o seu computador, através do qual atua no que quiser, desde jogos, games até compras, negócios, investimentos, que são feitos através do computador.
Tudo graças a esse conjunto de coisas que antecederam esse progresso: o conhecimento da eletricidade, a invenção do telefone ou o tubo de raios catódicos, conhecido como CRT. Também a construção das redes, o surgimento do conceito de redes e a invenção dos chips.
Quando se juntou tudo isso, passamos a conhecer a Internet.
Graças à Internet que, por sua vez, só existe por causa do computador, vivemos num mundo em que já não se imagina sem ela, Internet.
Tudo que fazemos hoje é através da Internet. Nossas inscrições em concursos, os diários universitários, tudo pela Internet.
Para fazermos compras, para pagarmos contas, para recebermos cartas, mandarmos cartas, mensagens variadas, tabelas, gráficos, desenhos, programas, livros: Internet.
Num breve lapso de tempo, nos comunicamos com o outro lado do mundo, imageticamente. Passamos a usar determinadas câmeras, as famosas Webcam, para projetar para quem se comunica conosco onde quer que esteja, a nossa imagem, a imagem do que quisermos e os outros nô-las remeterem.
Fazemos reuniões empresariais, estudantis, políticas, através da Internet. A partir disso, o mundo é outro mundo.
Percebemos como, gradativamente, a Divindade, que ama a Terra e os terrestres, vai permitindo que se abram portas de progressos inimagináveis antes.
Como é que nós vivemos tanto tempo sem a Internet?
Não sentíamos falta dela. O gênio de um homem é que começou a maquinar que, sem a ajuda de um aparelho que suprimisse a nossa inércia, seria muito difícil continuar a fazer coisas grandes no mundo.
A Internet vem sendo um instrumento que, à semelhança do poder, do ouro, do dinheiro, é usado a nosso bel prazer.
Por causa disso, vale a pena considerar como usamos a Internet.
* * *
Esse instrumento notável que é a Internet, bênção de Deus para o nosso progresso humano, também vem sendo usado por muita gente de má índole.
A Internet permite o anonimato. Não somos obrigados a aparecer, de rosto nu, nas telas que nos registram as mensagens.
Acompanhamos a ação de indivíduos inteligentes, que poderiam trabalhar para o bem, mas preferem prestar serviço ao mal, ao equívoco, ao desequilíbrio, à treva humana.
Temos os hackers, por exemplo, que são verdadeiros gênios da eletroeletrônica, da informática e que poderiam usar esses conhecimentos para fins nobilitantes. Contudo, usam-no para delinquir, para penetrar indevidamente em programas alheios.
Ao lado disso, encontramos os que se valem da Internet para o cometimento de crimes variados, para a calúnia. O indivíduo joga na rede misérias, horrores do pensamento, incriminando pessoas, atirando na lama nomes, covardemente, porque pode se valer de um pseudônimo. Não precisa assinar a mensagem, pode fazer de conta que é quem não é, em verdade.
Quantos problemas com crianças, adolescentes têm sido criados na Internet, exatamente porque o adulto se faz passar por outra criança ou adolescente, usa seu jargão, fala sua linguagem e aí estão os crimes de pedofilia... pela Internet.
Crianças são seduzidas a darem endereços, nome dos pais, dados pessoais e, na sua ingenuidade, desorientadas pelos próprios pais, vão passando, imaginando que estejam conversando com outra criança.
Os problemas de bullying, quando crianças escolares, alunos são bombardeados por colegas ou por professores, diminuindo a sua autoestima, determinando problemas psicológicos ou mesmo psiquiátricos de grave repercussão.
Mas, encontramos aqueles que fazem bom uso porque, graças à Internet, podemos entrar nos conhecimentos da Ciência, dos filósofos, no mundo das artes, da cultura em geral.
Podemos viajar, através de programas que nos levam a conhecer as ruas e avenidas do mundo. Podemos encontrar telas de museus, os mais famosos, penetrar nos salões notáveis desses museus e contemplar a beleza que ali é exposta para quem viaja, para vê-los.
A Internet, nas mãos do bem, tem patrocinado cursos acadêmicos, cursos escolares à distância, com rigor, com controles.
É claro que há também pilhérias, brincadeiras de mau gosto, chamadas de cursos. No entanto, há coisas sérias, coisas graves, coisas belas, realizadas via Internet.
Dessa maneira, nos damos conta de que todas as bênçãos que Deus permite chegar ao mundo, a criatura humana, na sua impetuosidade, no seu estilo excitado de ser, deseja lançar mão, deseja se assenhorear. E, porque o nosso lado ético-moral não anda assim tão bem desenvolvido, muitos querem tirar proveito, ainda que por meios escusos, dessas bênçãos que Deus nos envia. A Internet não escapou disto.
Cabe a você, cabe a todos nós, a observância da ética, da moralidade, no uso desse veículo importante para a nossa vida social.
Sabermos que aquilo que estamos plantando na Internet e que se espalha pelo mundo inteiro, de bom ou de ruim, um dia, mais cedo ou mais tarde, teremos que voltar para recolher.
Se forem coisas boas, recolheremos esses frutos doces da felicidade. Se negativas, teremos que amargar a reconstrução do bem na Terra.
Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 206, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.
Programa gravado em agosto de 2009.
Em 24.01.2011
* * *
O Mundo Globalizado será certamente melhor quando a Grande Pátria Terrestre realmente integrar todas as suas creaturas dentro do Ideal de LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE,conforme os gritos que o século XVIII fez escutou na chamada Revolução Francesa de 1789, e que, ainda hoje parece inexistir na pseuda Civilizção do Terceiro Milênio, pois ainda prepondera na Terra a maior chaga da humanidade conforme instruções do Evangelho Segundo Espiritismo, que representa a terceira parte da primeira obra da Codificação da Doutrina Espírita, às LEIS MORAIS de O Livro dos Espíritos! Em OBRAS PÓSTUMAS, diz o insigne codificador Allan Kardec: "A fraternidade, na rigorosa acepção da palavra, resume todos os deveres do homem para com os semelhantes. Significa: devotamento, abnegação, tolerância, benevolência, indulgência; é a caridade por excelência e a aplicação da máxima: "fazer aos outros o que queremos que o outros nos façam". O oposto constitui a norma do egoísmo. A fraternidade proclama: um por todos e todos por um; o egoísmo perora: cada umm para si. Estes dois princípios, sendo a negação um do outro, tanto impede ao egoísta de ser fraterno como ao avarento de ser generoso e um homem medíocre de chegar as culminâncias de um grande homem[...]". A conturbação do mundo moderno com a falência sócio-econômica da atualidade tem tudo a haver com a miséria moral que prende o homem numa visão reducionista da realidade existencial e o faz esquecer que logo mais deixará o arquipélado celular para estar frente-a-frente com a consciência cósmica, para perceber que como ser espiritual no mundo viveu a condição do nãoser, que a realidade d'ele é o SER que sobrevive a disjunção celular; e que, pela anoxia cerebral, onde deveria ter pensado anter em SER do que no TER,e certamente o Céu prévio já iniciaria vivenciando ainda na posse transitória da tão breve existência corporal.
PAZ E LUZ
josinaldo Duarte de Lacerda
O ARADO
“E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás é apto para o reino de Deus.” — (LUCAS, CAPÍTULO 9, VERSÍCULO 62.)
Aqui, vemos Jesus utilizar na edificação do Reino Divino um dos mais belos símbolos.
Efetivamente, se desejasse, o Mestre criaria outras imagens.Poderia reportar-se às leis do mundo, aos deveres sociais, aos textos da profecia, mas prefere fixar o ensinamento em bases mais simples.
O arado é aparelho de todos os tempos. É pesado, demanda esforço de colaboração entre o homem e a máquina, provoca suor e cuidado e, sobretudo, fere a terra para que produza. Constrói o berço das sementeiras e, à sua passagem, o terreno cede para que a chuva, o sol e os adubos sejam convenientemente aproveitados.
É necessário, pois, que o discípulo sincero tome lições com o Divino Cultivador, abraçando-se ao arado da responsabilidade, na luta edificante, sem dele retirar as mãos, de modo a evitar prejuízos graves à “terra de si mesmo”.
Meditemos nas oportunidades perdidas, nas chuvas de misericórdia que caíram sobre nós e que se foram sem qualquer aproveitamento para nosso es-pírito, no sol de amor que nos vem vivifícando há muitos milênios, nos adubos preciosos que temos recusado, por preferirmos a ociosidade e a indiferença.
Examinemos tudo isto e reflitamos no símbolo de Jesus.
Um arado promete serviço, disciplina, aflição e cansaço; no entanto, não se deve esquecer que, depois dele, chegam semeaduras e colheitas, pães no prato e celeiros guarnecidos.
Psicografia do méwdium Francisco Cândido Xavier ditado por Emmanuel (Espírito) no Livro "Pão Nosso"
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O Reino dos Céus tão falado por Jesus é o reino verdadeiro não perecível real a que todos nós estamos em viagem em busca no instante eterno em que vivemos, pois o tempo é o pensamento que determina. Como mensurar espaço e tempo no éter imponderável onde pulsam os continentes siderais nas dimensões que as matemáticas podem demonstrar e onde as leis cósmicas promanam do Genitor Divino (Espírito), conforme as palavras de vida eterna do nazareno que até nos dias de hoje parece repetir sempre "Sedes perfeito como é perfeito o vosso pai que está nos Céus". Somente dentro da nossa Via-Láctea são 400 bilhões de Sóis e mais de l00 outras milhões de Galáxias que somente o pensamento pode abranger sem que para isso preceise de braços e pernas do mecanismo corporal a nós fornecidos para alavancarmos as nossas virtudes e libertando-nos das nossas múltiplas imperfeições adquiridas na nossa formação en quanto chegamos ao Reino Hominal após navegarmos por outros reino, conforme admite a Teoria da Evolução de Charles Darwin, que certamente abala as estruturas da Gênese bíblica ainda mal compreendida, pois que será um dia transformada em Lei de Evolução, pois ciência e religião não podem estar dissociadas das verdades do autor cósmico ratificada pelo prometido messias que "bom é somente o pai que está nos Céus, Universo do Ser, enquanto enquanto jungido ao arquipélago celular (o corpo denso, ponderável,vivemos pequenos instantes a FASE DO NÃO-SER). Certamente que já iniciamos a Grande Transição para passarmos ao próximo estágio de Mundo de Regeneração, fase que nos permitirá atingirmos outras estâncias maiores da incomensurabilidade, que são os mundos ditosos, os mundos felizes onde medra somente o amor e a paz que só Jesus podia nos dar, pois só ele como o modelo, como o Espírito mais perfeito que esteve na Terra, pode sentir a presença de Deus e compreende-lo como pai de infinita misericórdia, que nos fez simples e ignorantes mas aptos para vencer as imperfeições e có-contruir os mundos que rolam pelo infinito cantando as suas Glórias como o ser uni-ciente, uni-potente, uni-presente pulsando e ao mesmo tempo tendo as suas creaturas pulsando dentro d´ele e mergulhado dehtro de todos os seus filhos em qualquer plano do Universo e da Vida!
Paz e Luz
Josinaldo Duarte de Lacerda
Paz e Luz
Josinaldo Duarte de Lacerda
O Exercício do Perdão
Certa vez, perguntaram a um filósofo se Deus perdoa. Após refletir um tanto, ele respondeu com outro questionamento:
Para perdoar é necessário sentir-se ofendido?
De pronto o interlocutor respondeu:
Sim. Se não há ofensa, como haveria perdão?
Retornou ele novamente para o filósofo.
Esse então, calmamente respondeu:
Logo, Deus não perdoa!
Embora a resposta nos pareça estranha, traz em si reflexões de grande monta.
A primeira delas é a de que muito melhor que perdoar, é não se sentir ofendido. E para isso, é necessário que a indulgência esteja em nossa mente, que a benevolência esteja em nossas ações.
Porém, quem já não se sentiu ofendido?
Ainda trazemos muitas dificuldades na alma. O orgulho, a vaidade, a pretensão, todos reunidos na alma, nos fazem criaturas com grande dificuldade em não se ofender.
Às vezes, o ofensor nem percebe que nos magoou, quando acontece de não conseguir avaliar as nossas limitações emocionais.
Outras tantas, percebe, tenta remediar, mas o mal já está feito... A ofensa já nos atingiu.
Assim, se ainda nos ofendemos, devemos aprender a perdoar.
Porque será o perdão que conseguirá tirar a nódoa da ofensa dos tecidos de nossa alma.
Se a ofensa nos pesa no coração, atormenta a alma e perturba a mente, o perdão nos fará leves novamente, tranquilizando a alma e sossegando a mente.
Dessa forma, todo esforço para perdoar deve ser levado em conta, sem economia de nossas capacidades emocionais e racionais.
É claro que o perdão não se instaura imediatamente, e ainda, quanto mais magoados e ofendidos, maior a intensidade das dores.
Talvez, mais esforço nos seja demandado.
Assim, comecemos o exercício do perdão assumindo que a raiva, a mágoa, a ofensa existem em nosso coração.
Enquanto fingirmos que perdoamos, apenas pelos lábios, sem passar pelo coração, nada acontecerá.
Em seguida, busquemos compreender a atitude do outro, daquele que nos ofendeu.
Talvez tenha sido um mau dia para ele.
Ou esteja passando por uma fase difícil.
Ou ainda, talvez ele mesmo seja uma pessoa com grandes feridas na alma.
Por isso, mostra-se tão agressivo.
Após compreender, exercitemos pequenos passos de aproximação.
Primeiramente, suportemo-lo, enfrentando os sentimentos ruins que poderão brotar em nossa alma, nesse primeiro instante.
Mas, persistamos na convivência, por alguns instantes que seja.
Em seguida, demos espaço para a tolerância, ensaiando os primeiros passos do relacionamento, mesmo que distante e ainda um tanto frio.
Em seguida, estreitemos um pouco mais o relacionamento, através da cordialidade e do coleguismo.
Não tardará para que sejamos capazes de retomar a fraternidade e administrar o ocorrido, em nossa intimidade.
Afinal, o perdão exige o esquecimento.
Porém, não esqueceremos o fato, aquilo que nos causou a mágoa, já que isso se mostra quase impossível.
O esquecimento que o perdão provoca é o da mágoa, da ofensa.
Quando pudermos olhar nos olhos daquele que nos magoou, com tranquilidade e paz no coração, aí estará implantado em nossa alma, o perdão.
Redação do Momento Espírita
Em 25.02.2011.